Petrobras e Total fazem parceria em exploração e produção de petróleo e em setor de gás e energia

Empresas já são parceiras em 15 consórcios, sendo 9 no Brasil e 6 no exterior. A parceria tem intenção de avaliar oportunidades nacionais e internacionais em áreas de interesse mútuo.

A Petrobras e petroleira francesa Total anunciaram na segunda-feira (24/10), durante a feira Rio Oil & Gas que está ocorrendo no Rio Centro, um memorando de entendimento para a “consolidação” de uma aliança estratégica nos segmentos de Exploração e Produção (E&P) e Gás e Energia (G&E).

1050999-edit_03162

A intenção é que ambas empresas avaliem conjuntamente oportunidades no Brasil e no exterior em áreas-chaves de interesse mútuo, beneficiando-se de suas reconhecidas experiências em todos os segmentos da cadeia de óleo e gás.

Na primeira fase do acordo, as companhias pretendem focar nas áreas de E&P e G&E. No segmento de E&P, a Petrobras irá oferecer parcerias em projetos no Brasil, enquanto a Total irá propor oportunidades no exterior.

Numa segunda fase, o memorando prevê, ainda, a extensão da parceria estratégica para todos os segmentos da área de refino e gás natural.

“Essa nova aliança permitirá que as duas companhias potencializem suas experiências e competências técnicas no desenvolvimento de águas profundas, visando otimizar a produção e desenvolver essas atividades no Brasil e em outras províncias promissoras de óleo e gás, compartilhando custos e riscos em projetos de alta complexidade e elevados investimentos”, afirmou a Petrobras em nota.

Questionado se a venda da BR Distribuidora entraria neste acordo, o CEO do Grupo Total, Patrick Pouyanné, disse que a companhia francesa tem sim interesse na empresa, mas que no momento ela não faz parte do seu plano de negócios e não estaria incluída na aliança.

O projeto prevê a redução de investimentos de desenvolvimento na ordem de 35%. “Essa parceria pode incluir tanto ativos já existentes quanto a participação em futuros leilões e futuros campos. Não é estritamente uma cooperação transacional, o objetivo aqui é dividir riscos e reduzir a necessidade de mobilizar recursos da empresa. Além disso, nesse momento tão importante, trocamos tecnologia”, explicou o presidente da Petrobras.

O presidente da francesa Total, Patrick Pouyanné, disse que, apesar da atual situação política e financeira “difícil” do Brasil, o País é muito atraente no longo prazo. “O Brasil é um enorme mercado. Tem grande potencial de crescimento econômico e muitas oportunidades. Decidimos dar esse primeiro passo em gás e petróleo. Para uma empresa como a nossa, a visão deve ser de médio e longo prazo. O importante é encontrar os parceiros certos”, disse.

Fonte: G1

Câmara aprova texto-base para fim da obrigatoriedade da Petrobras no pré-sal

senado-pre-sal-750x350

A Câmara dos Deputados aprovou no dia 05/10/2016 o texto-base do projeto que desobriga a Petrobras de ser a operadora exclusiva em áreas do pré-sal sob regime de partilha.

O projeto desobriga a exclusividade de atuação da Petrobras, mas prevê que a estatal terá a preferência para operar blocos sob o regime de partilha.

O fim da obrigatoriedade da Petrobras ser a operadora única do pré-sal é uma das medidas mais aguardadas na indústria de petróleo e gás natural do Brasil, diante das dificuldades financeiras da empresa que a impedem de aportar os volumes relevantes de recursos necessários para desenvolver essas áreas.

Para concluir a votação, os deputados ainda precisam analisar sete emendas com sugestões para alterar trechos da proposta. A votação final, marcada para o dia 18/10/2016, não ocorreu devido à falta de quórum, estando prevista para as próximas semanas.

A medida é uma das reformulações regulatórias colocadas em curso pelo governo federal que visam atrair investimentos privados e tem o potencial de incentivar uma participação maior de empresas na 2ª Rodada de Partilha de Produção, que irá ofertar quatro áreas do pré-sal na segunda metade de 2017.

Na primeira rodada, que negociou a área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, considerada a mais promissora do país, houve apenas uma oferta durante o leilão.

Autoridades e indústria na época defenderam que a disputa de fato ocorreu antes da licitação, sobre quem faria o consórcio com a Petrobras.

Serão oferecidas no próximo leilão do pré-sal quatro áreas adjacentes (Sapinhoá, Carcará, Gato do Mato e Tartaruga Mestiça) a grandes descobertas já realizadas, sob regime de concessão, que precisarão passar por processo de unitização junto com os proprietários existentes.

O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, o IBP, foi uma das principais vozes em defesa da flexibilização. Em contrapartida, a medida é contestada pela FUP (Federação Única dos Petroleiros), que reúne trabalhadores do setor, e por especialistas.

A FAVOR DA FLEXIBILIZAÇÃO

Segundo Antonio Guimarães, secretário-executivo do IBP, a flexibilização das regras para permitir a atuação de mais petrolíferas na camada pré-sal vai atrair novos investimentos para o setor.

De acordo com as estimativas do instituto, apenas em áreas já descobertas no pré-sal, e que ultrapassam os limites dos blocos já concedidos, os investimentos podem ultrapassar R$ 100 bilhões.

Segundo o IBP, a chegada de recursos com a abertura do mercado, entretanto, não será imediata e algumas operações no pré-sal ainda podem ficar para a próxima década, ponderou o IBP. “O investimento em petróleo não é de curto prazo, estamos falando de quatro, cinco anos. Isso significa que vamos ver fornecedores, empregos e investimentos chegando paulatinamente”, explicou Guimarães, que também disse que o conteúdo local será preservado pelas novas operadoras que surgirem, por já existir essa obrigação legal e por ser mais eficiente e mais barato.

Apesar da oscilação dos preços do barril de petróleo no mercado internacional nos últimos anos entre U$ 30 e U$ 100, a expectativa é que o preço se estabilize entre U$ 40 e U$ 60, valor ainda atrativo para o setor, afirmou Guimarães. Para o IBP, ainda é preciso tornar a atividade petrolífera no Brasil mais atraente, do ponto de vista do marco regulatório.

OPINIÃO CONTRÁRIA À FLEXIBILIZAÇÃO

A FUP, por sua vez, afirma que a flexibilização das regras para exploração do pré-sal acarretará uma perda de 82 bilhões de barris de petróleo que estariam reservados para a estatal. Na avaliação da FUP, a medida coloca em risco a soberania do país e significa “o desmonte da política de conteúdo local, que tirou das cinzas a indústria naval [brasileira] e fomentou a cadeia produtiva”.

“Desde a quebra do monopólio da Petrobras, nenhuma das petrolíferas privadas que passaram a operar no Brasil encomendaram navios, plataformas ou equipamentos à indústria nacional ao longo destas duas décadas de abertura do setor”, diz a Federação, em nota no seu site.

E você, o que acha desta flexibilização? Entre no nosso Facebook e/ou LinkedIn e compartilhe sua opinião!
Fontes: Notícias ao Minuto e EXAME

Transeletron estará presente na Rio Oil & Gas 2016

Israel terá pavilhão pela primeira vez na feira.

A feira Rio Oil & Gas 2016, que acontecerá entre os dias 24 e 27 de outubro, no Rio de Janeiro, terá pela primeira vez um pavilhão com empresas israelenses do setor de petróleo e gás.

oil-and-gas

A feira mundialmente conhecida é organizada pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP). Nesta edição, a conferência vai concentrar seus debates na atual situação econômica do Brasil e os desafios e soluções para a retomada do setor nacional de óleo e gás. Entre os convidados, estão o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, o consultor da Casa Branca, Alec Ross, além do presidente da Petrobras, Pedro Parente.

A Transeletron terá participação na Rio Oil & Gas no dia 27/10/2016 das 14:00 às 18:00 no espaço de Rodada de Negócios, junto a representantes da ABDI, Dinamus Consultoria e Petrobras participando de uma sessão de negócios para encerramento do projeto Desenvolvimento de Fornecedores no Setor de Petróleo, Gás e Naval – Convênio ABDI e Petrobras, iniciado em Abril de 2016, que foi concluído com sucesso em
Setembro deste ano.

A empresa discutirá seu plano de negócios visando aumentar o contato com potenciais clientes e fornecedores e divulgar seus produtos e serviços.

De Israel, participarão 13 companhias, que apresentarão suas soluções e tecnologias para o mercado. Seus estandes ficarão localizados no Pavilhão 3 – J7 do Riocentro.

A Israel Trade and Investment Brazil promoverá o agendamento de reuniões comerciais a serem realizadas durante os dias do evento entre executivos israelenses e brasileiros.

Confira a programação completa no site da Rio Oil & Gas.

Fonte: O PETRÓLEO

Petrobras reduz plano de investimento para US$ 74,1 bilhões em 5 anos

Valor é de 25% menor que os US$ 98,4 bi previstos no plano anterior. Plano divulgado em Setembro de 2016 prevê também US$ 19,5 bilhões em venda de ativos e ‘parcerias’ entre 2017 e 2018.

A estatal diz buscar a “recuperação da solidez financeira” e reduzir sua enorme dívida, que ao final de junho era de R$ 397 bilhões, sem precisar fazer novas captações no mercado financeiro.

Confira os principais pontos do Plano de Negócios:
– Redução de 25% nos investimentos, para US$ 74,1 bilhões em 5 anos
– Meta de US$ 19,5 bilhões em vendas de ativos e parcerias entre 2017 e 2018
– Previsão de redução da alavancagem (termômetro de endividamento medido pela relação de dívida líquida/Ebitda) de 5,3 vezes em 2015 para 2,5 vezes em 2018.
– Estatal espera elevar a produção total, de 2,62 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2017 para 3,41 milhões de boed em 2021, sendo 2,77 milhões no Brasil
– Petrobras vê preço médio do barril de petróleo Brent a US$ 48 em 2017; para 2018, projeção é de barril a US$ 56, subindo para US$ 68 em 2019 e em US$ 71 em 2020 e 2021.

Sabe-se que o corte de investimento foi geral, mas a empresa afirma que continuará priorizando investimentos em mais de 80% do total na exploração e produção, conforme figura abaixo.

Fonte: Petrobras
Fonte: Petrobras

O presidente afirmou em entrevistas que 2016 e 2017 serão os anos em que a Petrobras vai “apertar o passo” para alcançar a saúde financeira. “Depois desses dois anos, nós recuperamos o crescimento na nossa curva de produção e vamos ter um crescimento operando de maneira bastante disciplinada como tem que ser”, disse.

Segundo ele, o foco nos próximos dois anos será a recuperação da solidez financeira da Petrobras. “No horizonte total dos cincos anos desse planejamento, a nossa proposta é que a empresa tenha sido saneada, tenha padrões de governança e ética inquestionáveis para sustentar uma produção crescente, mas realista, e capaz de investir e se posicionar nos processos de transição por que passa o mercado de energia no mundo”, escreveu o presidente em comunicado.

O plano apresentado também inclui a “vendas de ativos”, chamada de desinvestimentos -– uma espécie de privatização, por se tratar de uma empresa com controle estatal. De acordo com a companhia, estão previstos US$ 19,5 bilhões de “parcerias e desinvestimentos” entre 2017 e 2018. O presidente garante que o crescimento da produção deverá chegar a 30% a partir de 2019, mesmo após os grandes desinvestimentos apontados.

A Petrobras sairá das atividades de produção de biocombustíveis como etanol, distribuição de gás de cozinha (GLP), produção de fertilizantes e das participações em petroquímica. Além disso, a empresa não pretende aumentar ativos no exterior até 2021.

As expectativas com a divulgação do plano são que a empresa se reestruture em questões organizacionais e estratégicas a fim de continuar contribuindo fortemente para a movimentação do mercado.

Fonte: G1 Globo

Brasil será destaque em demanda por petróleo na América Latina

Segundo relatório do mês de Julho da OPEP, o Brasil deve ser o país com maior aumento da produção de petróleo fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo em 2017.

A OPEP aponta esta possibilidade devido ao planejamento da Petrobras de adicionar sete novas plataformas na base de Santos, incluindo três no campo Lula, duas em Búzios, uma no de Lapa e outra no “gigante” campo de Libra. Para eles, isto deve assegurar uma alta de 260 mil barris de petróleo por dia (bpd), o que deve garantir para o Brasil uma média de 3,37 milhões de barris por dia ao final de 2017.

Opep aponta que novas plataformas da Petrobras devem garantir 3,37 mi de barris por dia ao Brasil
Opep aponta que novas plataformas da Petrobras devem garantir 3,37 mi de barris por dia ao Brasil

Para 2016, a OPEP manteve a previsão de que a produção média do Brasil deve ficar em 3,10 milhões de barris por dia, um aumento de 40 mil bpd na comparação com o ano anterior. Na América Latina, a produção deve cair 70 mil barris neste ano, para 5,12 milhões de barris diários — contra a queda em 30 mil bpd apontada em junho.

“O Brasil é o único país da região que crescerá neste ano. Por outro lado, a produção da Colômbia cairá 70 mil barris diários, para 960 mil BPD. Igualmente também há previsão de queda na Argentina, Trinidad e Tobago e outros latino-americanos”, diz o documento.

Em relação à demanda, o Brasil também é destaque no relatório. A OPEP projeta que a demanda na América Latina deve melhorar ligeiramente em 2017, comparado com os níveis de 2016, com uma alta de 70 mil barris por dia, a partir de melhores projeções econômicas e margens mais baixas de comparação. O Brasil deve responder por mais de 50% deste crescimento, projeta a OPEP.

Em termos de produto, o óleo diesel e a gasolina devem ter os maiores potenciais de crescimento para atender ao setor industrial e de transporte na América Latina.

Para este ano, na América Latina, a demanda deve cair 30 mil barris por dia, pelo segundo ano. Em abril de 2016, diz a OPEP no relatório, a demanda no Brasil caiu mais de 50 mil barris por dia, em comparação com o desempenho do ano anterior, refletindo “o ritmo fraco da atividade econômica do país”.

Fonte: Jornal do Brasil

Produção nos campos do pré-sal cresce 15% e bate recorde

Produção no pré-sal atingiu 1,15 milhão de barris por dia
Produção no pré-sal atingiu 1,15 milhão de barris por dia

         A produção da Petrobrás no pré-sal teve um aumento de 15% em maio em comparação à abril e bateu novo recordo mensal, com 1,15 milhão de barris por dia (bpd). Somente em petróleo, a produção pela Petrobrás em maio no pré-sal também foi recorde, 16% acima de abril, com média de 928 mil bpd.

        O relatório mensal destaca que a marca de 1 milhão de bpd em produção de petróleo operada pela Petrobrás foi superada no dia 8 de maio. Vale ressaltar que essa marca foi alcançada dez anos após a descoberta dessas jazidas e menos de dois anos depois de atingida a produção de 500 mil bpd, com a contribuição de 52 poços produtores, em sete sistemas de produção de grande porte na Bacia de Santos e oito sistemas de produção na Bacia de Campos.

       A Petrobras comenta sobre a alta produtividade dos reservatórios do pré-sal, com menor número de poços por sistema de produção e maior eficiência na construção de poços, o que gera redução em investimentos dos projetos e maior rentabilidade.

        Em média, o volume produzido por poço no pré-sal da Bacia de Santos é de 25 mil bpd, mas o do campo de Lula é o mais produtivo, com média diária de 36 mil bpd. Por sua vez, o custo médio de extração dos poços do pré-sal está abaixo de US$ 8 por barril de óleo equivalente, diz a Petrobras, afirmando que vem sendo reduzido gradativamente, e o tempo médio para construção de um poço atingiu 89 dias, representando uma redução de 71% entre 2010 e 2016.

        Ressalta-se que nove dos dez principais poços produtores do País estão no pré-sal. Os poços estão ligados a sete sistemas de produção e outras oito unidades que dividem a produção entre áreas do pré e do pós-sal na bacia de Campos. Até o terceiro trimestre, outras duas unidades entrarão em operação. Em 2020, a meta é operar 12 unidades no pré-sal.

        No mês de maio, a produção total atingiu 2,83 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em petróleo e gás natural, o que significa um aumento de 5% sobre abril e 2% sobre maio de 2015. Do total, 2,64 milhões boed foram produzidos no Brasil e 190 mil boed no exterior, de acordo com relatório divulgado ao mercado.

       Em petróleo, a produção média alcançou 2,24 milhões de barris por dia (bpd), 6% maior que em abril (2,12 milhões bpd) e 1% em relação a maio do ano passado, sendo 85 mil bpd no exterior.

       Ainda segundo a Petrobras, o volume produzido no Brasil em maio é a quinta maior média mensal já registrada, o que a companhia atribui ao recorde na produção no pré-sal, com a entrada de novos poços conectados ao FPSO Cidade de Maricá, no campo de Lula, e ao retorno à operação de plataformas que estavam em parada programada e em manutenção corretiva em abril.

        Em gás natural, excluído o volume liquefeito, a produção no Brasil ficou em 76,4 milhões m³/dia, 4% acima de abril, ao passo que no exterior foi uma média de 17,9 milhões m³/d, 3% maior.

Fonte: Economia & Negócios

Segurança no Trânsito – Relação Entre Pedestres e Motoristas

50% de Redução nos Acidentes de Trânsito até 2020: Essa é a Nossa Meta
50% de Redução nos Acidentes de Trânsito até 2020: Essa é a Nossa Meta

No trânsito da cidade as pessoas cumprem diversos papéis como cidadãos. Quando estão dentro de um veículo – carro, ônibus, moto ou bicicleta – são motoristas ou passageiros e devem comportar-se com segurança, dirigindo com atenção, usando capacete ou cinto de segurança nos bancos da frente e traseiros. Quando estão caminhando, são pedestres e também devem ser responsáveis e cuidadosos no trânsito.

O pedestre deve cuidar da sua segurança e andar com muita atenção, pois não possui acessórios ou equipamentos de proteção contra as situações de risco que enfrenta no dia a dia do trânsito. Por isso, é muito importante seguir algumas regras de comportamento, como respeitar as placas, faixas e sinalizações, para prevenir acidentes.

Mortes no Trânsito

Em 2010, 41 mil pessoas morreram em acidentes com veículos no Brasil. Os pedestres representaram 29,1% dessas mortes.

Em estudo de Junho de 2012 sobre os riscos de distração no trânsito, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia divulgou que em 66% dos casos de atropelamentos, o pedestre fazia uso do telefone celular, mandando mensagens, em ligações ou escutando músicas.

Dicas aos Motoristas

Os motoristas devem estar atentos às regras para protegerem suas vidas e também a dos pedestres, como algumas destas:

  • Trafegar dentro do limite de velocidade;
  • Aumentar a atenção nas proximidades de cruzamentos, mesmo que o sinal esteja aberto;
  • Lembrar-se de sinalizar as mudanças de pista ou quando for entrar em outras ruas;
  • Ao sair ou entrar em uma garagem, observar se não há pedestres vindo de qualquer sentido e sempre manobrar lentamente o veículo

Dicas aos Pedestres

Ao caminhar  

  • Andar sempre pela calçada e afastado da rua;
  • Em estradas ou vias sem calçada, caminhar mais à esquerda possível, no sentido oposto ao dos carros para poder ver e ser visto;
  • Sempre que estiver carregando sacolas, procurar deixá-las para o lado oposto ao da rua;
  • Evitar caminhar ouvindo música no fone de ouvido. Além de diminuir a atenção, o pedestre deixa de ouvir os ruídos que podem indicar a aproximação de um veículo;

Ao atravessar ruas

  • Durante a travessia, nunca voltar para buscar objetos caídos no chão;
  • Atravessar a rua sempre pela faixa de pedestres e caminhar pelo lado direito. Se todos andarem ordenados, o fluxo melhora;
  • Atravessar sempre em linha reta: é o caminho mais rápido até o outro lado da rua;
  • Olhar para os dois lados, 2, 3 ou mais vezes, até ter certeza de que nenhum veículo se aproxima;
  • Obedecer a sinalização. Nos cruzamentos em que existem semáforos para pedestres, só atravessar a rua quando estes estiverem abertos e os veículos pararem;
  • Em vias de grande movimento ou de alta velocidade, utilizar as passarelas, sempre que disponíveis;
  • Ao desembarcar de um veículo, sair pelo lado da calçada e aguardar que ele se afaste para iniciar a travessia. Nunca atravessar a rua por trás de veículos que impeçam que os motoristas o vejam.
O trânsito só muda quando a gente muda
O trânsito só muda quando a gente muda

Você Sabia?

Há infrações de trânsito que o pedestre pode cometer. O artigo 254 do Código de Trânsito Brasileiro determina algumas proibições:

I – permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las onde for permitido;

II – cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis, salvo onde exista permissão;

III – atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver sinalização para esse fim;

IV – utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida licença da autoridade competente;

V – andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrânea;

VI – desobedecer à sinalização de trânsito específica

Atenção!

No trajeto diário, procure fazer o caminho mais seguro, com menor fluxo de veículos, com calçadas e cruzamentos sinalizados.

Quanto menor o número de travessias, melhor.

Lembre-se que nem sempre o caminho mais curto é o mais seguro.

 

O Brasil vai voltar, por Armando Cavanha

Stéferson Faria/Agência Petrobras
Imagem: Stéferson Faria/Agência Petrobras

Há muito a se fazer, sem dúvida, na área de óleo e gás no Brasil. A inconstância de leilões, as crises brasileira e da Petrobras, a desnecessária complicação regulatória, a criação inoportuna de modelos como Partilha e Cessão Onerosa, enfim, dezenas de temas que foram se complicando cumulativamente ao longo do tempo. Alguns destes involuntários, como a queda e permanência em baixa de preços internacionais de petróleo, retração mundial da economia. Outros por questões locais políticas, ideológicas e até por desconhecimento gerencial.

Porém, há um outro lado da história. Um lado interessante, atrativo, voltado a negócios produtivos.

Reservas provadas que permitem abastecer com hidrocarbonetos dezenas de anos o mercado local de combustíveis e produtos para a indústria. Um crescimento importante da produção de gás. Um potencial imenso de reservas a serem delimitadas em mais detalhes do pré-sal (a UERJ fala em 172 bi de boe*, cerca de dez vezes as reservas provadas atuais). Um país com uma juventude preparada, uma indústria de base potencial competente.

Os EUA consomem cerca de 19 milhões de barris por dia, produzem cerca de 10. Importam, como consequência, perto de 9 milhões de barris por dia da Venezuela, Arábia Saudita, entre outros.

Por outro lado, focalizando apenas os equipamentos árvores de natal do subsea brasileiro, os fabricantes são estrangeiros com plantas fabris no país (FMC, Cameron, Aker, GE, etc.) em sua maioria de origem americana, onde lá concentram decisões e pesquisas.

Haveria uma parceria possível neste tema? Os EUA apoiariam o Brasil financiando os nossos investimentos, fornecendo tecnologias, equipamentos e serviços, aumentaríamos mais rapidamente nossa produção? O excedente de produção, exportaríamos para os EUA, logística vertical sem canais ou mares complexos? Eles reduziriam a dependência de países nem tão estáveis como o Brasil, supostamente? Uma parceria em que os ganhos seriam mútuos?

A inteligência nacional por certo encaminhará uma revisão séria de nossas bases sobre riquezas naturais e indústria. Isto está maduro. Uma simplificação significativa das regras existentes, uma estabilização delas por pelo menos 20 anos, um conteúdo local baseado em competitividade, exportação e compensações comerciais longas com outros países. Profissionais de mercado nas agências, menos pessoalidade ou ligações partidárias. Mais incentivos do que multas. Leilões frequentes, dois por ano, com datas fixas, com conteúdo de blocos variável.

Na OTC de maio de 2016, foi perceptível o clima de dúvida, mas também de esperança. Há uma espera tática dos estrangeiros sobre o Brasil. Mas estão prontos para a corrida. Neste momento, querem ver o final desta história complicada que se vive por aqui. Mas estão prontos. Tanto nos investimentos em empresas de bens e serviços locais, como olhando a exploração e desenvolvimento da produção potenciais no país. Há empresas de reservatórios de olho no país, esperando para ver o que vai acontecer. Enxergam a velha Bacia de Campos cheia de óleo e gás a retirar, sem prioridade local no momento. O downstream é uma grande dúvida, de como serão revitalizados em mãos não estatais os navios, dutos, refinarias, entre outros. Empresas visionárias como a Shell já se anteciparam: Ela comprou a BG, se tornou uma importante operadora local, entrou no pré-sal. A provável principal unidade mundial da Shell em alguns anos parece que será no Brasil, ou seja, visualizaram coisas que nem nós mesmos não vimos ainda.

O país poderia se organizar melhor, os empresários colaborarem entre si e em articulação com a visão de Estado, para maximização dos bons resultados para os brasileiros. Resultados estruturais, de longo prazo, de reconstrução e preservação.

Sendo assim, não devemos perder as esperanças. É possível dizer que o Brasil ainda é uma ótima opção mundial. O Brasil vai voltar.

*boe = unidade básica para medir a produção de óleo e gás = barris de petróleo equivalentes.

Fonte: TNPetróleo

 

Mensagens em Redes Sociais Fazem 723 Pessoas Perderem Emprego

Empregados são demitidos, até por justa causa, por falar mal da empresa ou do chefe, por exemplo, em Facebook ou WhatsApp.

É comum encontrar, em alguns lugares, profissionais insatisfeitos com o ambiente de trabalho ou com os chefes. Paralelo a isso, é cada vez maior o número de profissionais que usam as redes sociais para demonstrar essa insatisfação. Mas essa combinação pode levar a um resultado ruim: a demissão. No Espírito Santo, 723 pessoas foram demitidas este ano por falar mal de empresa em Facebook e WhatsApp.

Os dados são baseados no número de desligamentos que ocorreram de janeiro a maio deste ano. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram 144.627 desligamentos no período.

Na estimativa do consultor de carreiras da Acroy Consultoria, Elias Gomes, cerca de 0,5% das demissões tiveram as redes sociais como causa.

“Não são só as postagens diretas, em que as pessoas e lugares são citado, que prejudicam o próprio trabalhador. Mesmo as indiretas, em que ele achaque não é possível a identificação, afetam seu emprego, pois a mensagem é decifrada facilmente. Acredito que seja uma mistura de ingenuidade com a sensação de impunidade e a falta de educação das pessoas que as levam a fazer isso”, disse Elias.

Elias Gomes acredita que seja um mistura de ingenuidade com a sensação de impunidade e falta de educação.
Elias Gomes acredita que seja um mistura de ingenuidade com a sensação de impunidade e falta de educação.

Para a psicóloga e diretora da Psico Store, Martha Zouain, as reclamações nas redes sociais mostram um comportamente imaturo do profissional.

“Quem posta comentários maldosos nas redes sociais, muito provavelmente, faz esses mesmos comentários com outras pessoas. Os profissionais estão muito imaturos e isso é independente da idade”, disse Martha.

Na opinião da psicóloga, esses profissionais se escondem atrás de uma falsa ilusão de segurança na internet.

“Esses profissionais ficam querendo mandar recados, indiretas, descontar suas frustrações em outras pessoas e acham que não vão ser prejudicados só porque não citam o nome da empresa ou da pessoa”, afirmou.

O advogado trabalhista Victor Passos Costa disse que alguns casos são passíveis de demissão por justa causa.

“A demissão é certa para esses casos. Já para acontecer a justa causa, tem que haver ofensa a uma pessoa ou à própria empresa, como, por exemplo, dizendo que já exploração ou que o chefe é ruim. Ou também quando há divulgação de fotos e informações sigilosas da empresa, como informações financeiras ou fotos de produtos”, disse Costa.

Fonte: Samantha Dias – Jornal Tribuna, Espírito Santo

Jornal 2

A Decepção na Cidade Fluminense que Esperava Prosperar com o Petróleo

A cidade de Itaboraí, no Estado do Rio de Janeiro, viveu anos de animação e expectativa, esperando uma prosperidade que ainda não chegou.

Em 2008, quando começou a construção do Complexo Petroquímico da Petrobras (Comperj), a perspectiva era de que se criassem milhares de empregos ligados ao setor em Itaboraí, o que atraiu investimentos e trabalhadores de todo o país.

Mas uma queda no preço internacional do petróleo, os altos custos da estrutura e os escândalos de corrupção investigados pela operação Lava Jato fizeram esse sonho ruir: parte das obras do Comperj foi suspensa, e parte dos trabalhadores do local enfrentou ondas de demissões.

O Comperj – formado por duas refinarias, uma planta petroquímica e uma de gás natural – deveria ter ficado pronto em 2011, segundo a Agência Brasil.

O espaço teria capacidade de refinar 165 mil barris de petróleo por dia. O objetivo seria atender ao crescimento da demanda de derivados no Brasil, como óleo diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação, coque e GLP (gás de cozinha).

_89801116_itaborai_still02
Construção de complexo petroquímico começou em 2008 em Itaboraí, no Rio de Janeiro

Mas atualmente a única obra com previsão para ser concluída (em 2017) é a planta de beneficiamento de gás.

Empresas envolvidas na construção das refinarias foram investigadas na Operação Lava Jato, que apura pagamentos de propina e políticos. A investigação levou à prisão donos de construtoras e ex-dirigentes da Petrobras – como o então diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto da Costa.

No último mês de março, ainda na gestão anterior da empresa – Pedro Parente, novo presidente da estatal, assumiu o cargo em maio -, a Petrobras informou que o Comperj só deve entrar em funcionamento no ano de 2023.

A crise econômica e as incertezas sobre a construção do complexo provocaram milhares de demissões em Itaboraí – refletindo a crise financeira em todo o Estado do Rio de Janeiro, que recentemente decretou estado de calamidade por conta dos problemas de caixa.

“A nossa dispensa foi em 2015”, conta o soldador Sérgio. “A despesa com dois filhos pequenos e com esposa é muito alta, então você não pode ficar parado. Quase todos os dias nós vamos na agência para ver se há uma vaga de emprego porque a gente tem que fazer alguma coisa para sustentar a família.”

_89801118_itaborai_still04
Milhares de trabalhadores foram dispensados com o declínio de projeto de complexo petroquímico

Muitos trabalhadores de outros Estados que foram para o Rio de Janeiro para trabalhar em Itaboraí não conseguiram voltar para casa por falta de recursos.

Segundo Helil Barreto Cardozo (PTN), prefeito de Itaboraí, muitos prédios foram construídos para receber funcionários e executivos da indústria do petróleo. Porém, a maioria deles nunca entrou em funcionamento.

“Esse sonho virou um grande pesadelo para a cidade”, disse Cardozo.

Até agora, a Petrobras investiu estimados US$ 14 bilhões em Itaboraí. Retomar o projeto e colocar o complexo em funcionamento até 2023 vem sendo tratado como de grande importância estratégica pelo governo – para tentar reduzir o déficit da importação de combustíveis no Brasil.

Mas para os trabalhadores que apostaram no sonho do complexo petroquímico de Itaboraí, a perspectiva parece muito distante.

“A gente não consegue enxergar o futuro, porque está tudo parado, a gente fica pensando em como recomeçar”, disse o soldador Sérgio.

Fonte: BBC Brasil.com