Easysubsea, startup spin-off da Transeletron, é destaque em inovação ao abrir companhia-irmã na Noruega

A easySubsea foi criada para melhorar o controle de poços de petróleo. Hoje, a startup brasileira abriu uma companhia-irmã na Noruega, referência no setor.
 

A Easysubsea, criada no Rio de Janeiro em 2015, tem como objetivo trazer informações mais precisas ao monitoramento de poços de petróleo, aumentando a eficiência de exploradoras do combustível fóssil.

A empresa é spin-off da Transeletron Serviços Técnicos Especializados LTDA, fundada em 1999 e especializada em automação, controle e monitoramento de poços de petróleo submarinos e terrestres.

“A Transeletron trabalhava com produtos de outros fabricantes e percebeu que muitas experiências que ela tinha em campo poderiam ser usadas para melhorar tais produtos. Foi criado um grupo de inovação e P&D [pesquisa e desenvolvimento], desenvolvendo novos itens para esse mercado de petróleo”, conta Rhuan Barreto, sócio da easySubsea.

Em 2014, o grupo percebeu que já havia massa muscular suficiente para operar sozinho e focar ainda mais em sua premissa tecnológica. Assim, separou-se e foi batizado de easySubsea.

Hoje, a startup brasileira já se expandiu para um país que é referência no mercado de petróleo: a Noruega. Nacionalmente, a ideia conquistou a incubadora Coppe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e o programa de aceleração InovAtiva, do Governo Federal.

Além de oferecer sensores para monitoramento dos poços de petróleo submarinos, a easySubsea passou a oferecer também a automação dos dados desses poços: por meio de um software de digitalização dos dados emitidos pelos sensores, a empresa automatiza a análise do que fazer com tais números.

“Para um operador de petróleo, é importante que ele tenha informações como corrosão, pressão, temperatura e vibração antes de fazer uma tomada de decisão”, explica Barreto.

“Além disso, saber remotamente como estão as estruturas e as produções dele salva um custo muito grande para as operadoras de petróleo, que não precisam enviar pessoal”. Segundo a easySubsea, a economia de custos de operação [Opex] chega a 30% em relação aos encargos tradicionais.

Além da redução de contas a pagar e do diferencial de análise de dados, a easySubsea também afirma cumprir legislações do setor, elaboradas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), e incluir matéria-prima nacional na elaboração de seus hardwares e softwares.

A estratégia da easySubsea para se destacar é investir na inovação tecnológica. A startup pretende criar um produto de monitoramento wi-fi dos poços submarinos. Por meio do transmissor easyComm, os dados do poço de petróleo irão para a plataforma por meio de hidroacústica, sem usar fios.

Acelerações e expansão para a Noruega

Desde sua concepção, a easySubsea foi aceita no programa de incubação da Coppe/UFRJ, do programa de pós-graduação e pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em 2014, a easySubsea visitou a Noruega, referência no desenvolvimento tecnológico da exploração de petróleo no mar. Esse incentivo foi fundamental para que a empresa optasse por internacionalizar o negócio em junho deste ano, escolhendo a comuna de Odda como primeiro destino.

“Conseguimos investidores capitalistas noruegueses, que colocaram dinheiro da empresa por meio de um investimento-anjo de 450 mil coroas norueguesas [pela cotação atual, cerca de 180 mil reais]. Além disso, mais 100 mil coroas norueguesas [cerca de 40 mil reais] foram aportadas pelo governo local”, diz Barreto. “Também tivemos apoio do governo brasileiro por meio de consultorias da Apex [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos] e do Sebrae.”

O principal motivo do estabelecimento de uma companhia-irmã na Noruega é firmar relacionamento com as grandes operadoras de petróleo, que influenciam as decisões do setor, o que inclui empresas brasileiras. “Falar presencialmente é muito diferente do que conversar por meio de uma tela do Skype.”

Mas há também razões financeiras: o país está se recuperando bem da crise do petróleo, mesmo sendo muito dependente do combustível fóssil. Com menos de um semestre na Noruega, a easySubsea já conquistou um cliente local.

“Há sinais claros de otimismo no mercado e isso nos ajuda. No Brasil, ainda há muita incerteza”, afirma Barreto, que também diz que a startup continuará investindo forte na operação brasileira.

Para 2018, a easySubsea quer aumentar a base de clientes nos dois países e finalizar o desenvolvimento de sua tecnologia de monitoramento wi-fi – o que inclui conseguir um consumidor para testar a tecnologia de forma empírica.

O negócio não divulga números absolutos de faturamento, mas afirma que a meta é crescer entre 30 e 50% em 2018 – porcentagem que foi maior nos anos anteriores, por conta do tamanho reduzido da empresa. O planejamento do negócio é atingir o ponto de equilíbrio no ano de 2020, ainda que as projeções possam mudar de acordo com investimentos futuros.

A Transeletron se orgulha de fazer parte dessa história e é uma grande entusiasta das ideias inovadoras da easySubsea.

Fonte: Exame

Brasil pode ser líder em petróleo fora da Opep até 2027

Estimativa feita nesta quinta-feira, dia 26/10 pelo diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, descreve que o Brasil pode ser tornar até 2027 o maior produtor mundial de petróleo fora do cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A previsão dele é que o Brasil pode chegar até lá com uma produção de mais de 5 milhões de barris por dia.

“Com a entrada do pré-sal, o Brasil tem potencial para ser o maior produtor não-Opep em 2027”, disse ele, em palestra durante a conferência OTC Brasil, no Rio de Janeiro.

O diretor geral da ANP espera que com o avanço da exploração e produção no pré-sal, a exploração da área da cessão onerosa e novas rodadas de áreas que estão no calendário, o Brasil poderá ver contratadas mais de 30 novas plataformas de petróleo até 2027.

“Isso vai representar 850 bilhões de reais em investimentos, sendo que cerca de 350 bi serão contratados no Brasil”, afirmou, dando esperança aos investidores.

Fonte: Exame

Macaé tem esperança de renascer com novos leilões no setor de petróleo

A previsão é de que em alguns anos a cidade pode voltar a empregar e a receber royalties mais expressivos.

Com a aprovação da Lei do Petróleo, em 1997, os royalties passaram a ser relevantes para as cidades produtoras, e Macaé consolidou a imagem de capital nacional do petróleo. Sua população pulou do patamar de 40 mil na década de 1970 para mais de 200 mil habitantes atualmente.

Porém, nos últimos sete anos, a produção de petróleo da bacia de Campos deixou a marca dos 2 milhões de barris por dia que havia em 2010, no auge da sua produção, para atingir cerca de 1,4 milhão de barris diários atualmente. O preço do petróleo caiu pela metade e os leilões de áreas para exploração foram interrompidos.

“Passamos de 163 mil postos de trabalho em 2012 para 125 mil este ano, essa é a grande mazela da crise”, lamenta o prefeito de Macaé, Aluízio dos Santos Júnior (PMDB). Para ele, os investimentos para recuperação de poços maduros da Bacia de Campos e a retomada dos leilões do governo podem trazer esperança para a cidade.

A cada sonda instalada na bacia, mil empregos eram gerados, lembra o presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé, Emerson Esteves, lamentando que agora é o inverso. “Se 20 sondas deixam a bacia, 20 mil perdem o emprego”, avalia o empresário.

Com a volta dos leilões e a expectativa da exploração de campos maduros, a previsão é de que em alguns anos a cidade pode voltar a empregar e a receber royalties mais expressivos. “É fundamental investir na bacia de Campos, por isso é importante que se aumente o fator de recuperação da bacia (hoje em 24%, contra média mundial de 35%) e que a produção volte a aumentar”, conclui o prefeito. 

Seguimos esperançosos em boas notícias referentes a esse importante setor na Região.

Fonte: Época Negócios

Petróleo e serviços podem reerguer mercado de trabalho no Rio

Segundo especialistas, desvincular ‘royalties’ da folha, impor teto salarial e mudar ICMS amenizariam crise

         Não há solução fácil para o Rio, mas há caminhos para recuperação, dizem especialistas. Motivos que levaram o Rio a essa situação de desemprego alto, como ter uma economia focada em serviços e na indústria de petróleo, serão os motores mais à frente, na opinião do economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) e professor Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) José Roberto Afonso:

     — O problema mais grave para o mercado de trabalho tem a ver com o desmonte do complexo petrolífero. A indústria naval é decisiva para o Rio. O setor de serviços, que tem demorado mais a reagir, é mais forte no Rio. Intensifica a crise nesse momento, mas é um setor com mais futuro. E, em alguma hora, a Petrobras vai se reerguer.

Manuel Thedim, diretor-executivo do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), também vê nos serviços o caminho para revitalização da cidade:

    — O Rio é uma cidade muito equipada para o trabalho do futuro, da criatividade e da empatia. O trabalho repetitivo vai durar mais 20, 30 anos. O Rio tem a vocação para a área de serviços, como o turismo.

Afonso afirma que há solução para a crise fiscal que está deixando servidores e aposentados sem salário. O primeiro passo é desvincular os royalties do petróleo da folha de servidores e destiná-los aos investimentos:

    — São recursos incertos. Não podem estar ligados ao pagamento de servidores e inativos. Tem que aumentar a contribuição para financiar esses gastos previdenciários.

    A discrepância entre os gastos do Executivo fluminense e dos outros poderes também tem que ser resolvida para o Rio avançar, diz Afonso:

    — O Poder Executivo do Rio, que tem policial, médico e professor, e o do Espírito Santo são os que menos gastam com servidores. O que dispara as despesas são os aposentados dos outros poderes. Essa situação é gravíssima e crônica no Rio.

    A solução passa pelo teto da remuneração dos funcionários públicos — proposta pelo governo federal dentro do pacote de medidas de ajuste fiscal —, que pode ter um impacto significativo no estado. Outra saída seria uma reforma tributária, com foco no ICMS. Segundo o economista da FGV, o Rio tem a menor relação entre arrecadação estadual e o que produz. O estado não recolhe ICMS sobre o petróleo, que fica no estado de destino do produto:

     — O Rio é forte em petróleo e serviços. Em ambos os segmentos, o estado não recolhe o imposto. E importa muito. Se o ICMS fosse cobrado no destino, haveria uma redistribuição de receita para o Rio (só o ICMS do petróleo é recolhido no destino).

     Em busca de soluções para a situação crítica do estado, os jornais O GLOBO e EXTRA vão promover nos próximos dias 30 e 31, no Museu de Arte do Rio (MAR), o seminário “Reage, Rio!”, onde representantes do poder público e da sociedade, empresários e acadêmicos vão discutir propostas e apresentar estudos de casos em seis áreas: segurança, recuperação econômica, mobilidade urbana, ética, políticas públicas e turismo.

Os debates serão transmitidos ao vivo em um ambiente especial que será criado nos sites do GLOBO e do EXTRA. O objetivo é permitir que a população acompanhe o conteúdo das palestras pela internet.

Fonte: O Globo

O Brasil precisa melhorar estrutura do mercado para atrair mais empresas, segundo chineses

        No evento organizado pela Fundação Getúlio Vargas no RJ, em 03/08/2017 chamado “Primeiro Seminário Brasil-China – Regulação e Desafios Legais para Empresas e Investimentos Chineses no Brasil”, representantes de algumas empresas chinesas que operam no Brasil falaram sobre os seus principais problemas no país e discutiram possíveis soluções com os participantes de ambos os países para ajudar a avançar nos investimentos chineses no Brasil.

       Wan Guangfeng, da China National Petroleum Corporation (CNPC), enfatizou a importância do setor de petróleo no Brasil, com as reservas de pré-sal e um grande potencial de crescimento.

          No entanto, ele apontou como um dos exemplos de obstáculos para o desenvolvimento e aumento dos investimentos, a exigência de conteúdo local, que é generalizada no setor de petróleo.

         Além disso, ele sugeriu que uma reforma tributária pode ser benéfica para o desenvolvimento do setor de petróleo e outros no país.

      Jia Yao, diretora de Administração da China National Offshore Oil Corp (CNOOC), acrescentou que o país tem o potencial excelente, recursos humanos capacitados e uma boa base jurídica.

       Floriano Azevedo, professor de Direito da FGV no Rio de Janeiro, disse que o ambiente de negócios experimentou muitos progressos nas últimas duas décadas, mas ainda há muito para construir na busca de um ambiente mais eficiente e atraente para empresas estrangeiras e investidores.

       O atual ambiente de negócios do Brasil é muito semelhante ao da China na década de 1990, observou o cônsul brasileiro no Rio de Janeiro, Li Yang. Embora o Brasil produza muitos bens industrializados, raramente ele consegue ser internacionalmente competitivo, o que é injusto para a produção local.

     “Se o Brasil quer prosperar e se desenvolver, a estrutura do mercado precisa mudar”, disse o cônsul Li, acrescentando que “o Brasil é um país importante, mas não se arrisca a subir no palco para a competição mundial”.

      Por último, Carlos Ivan Simonsen Leal, presidente da Fundação Getulio Vargas, enfatizou a importância de buscar parcerias mais profundas e destacou a necessidade de reconhecer as diferenças culturais entre o Brasil e a China e que há a necessidade de grandes estudos sobre o ambiente de negócios das organizações de ambos países (assim como todos no mundo) para adequar e melhoras as relações, atingindo sucesso.

Fonte: TN Petróleo

Demanda de petróleo cresce acima do previsto

Segundo especialistas responsáveis pelo Relatório do Mercado de Petróleo da Agência Internacional de Energia (IEA, na versão em inglês), principal fonte de informação independente sobre o mercado global de petróleo, indicadores preliminares reportam que o crescimento da demanda global, após cair para o nível mais baixo de 1 milhão de barris/dia (b/d) no primeiro trimestre, subiu para 1,5 milhão de b/d no segundo trimestre.

O aumento da produção em junho não evitou uma alta de preços do petróleo, pois o crescimento da demanda foi muito forte tanto nos países-membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como em países emergentes. Isso representa um cenário favorável para o Brasil e, especificamente, para a Petrobras, cuja produção é crescente.

Em junho, a oferta de petróleo aumentou em 720 mil b/d, para 97,46 milhões de b/d, e só os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) elevaram a produção para 32,6 milhões de b/d, o maior nível deste ano.

A IEA prevê que a demanda de petróleo cresça 1,5% neste ano, para 98 milhões de b/d, e mais 1,5% em 2018, para 99,4 milhões de b/d. Segundo a análise, se as cotações do dólar continuarem moderadas ou caírem em relação a outras moedas fortes, em decorrência de uma política pouco agressiva do banco central norte-americano (o Fed), a procura por petróleo deverá aumentar. Será possível, nesta hipótese, reconstituir os estoques, hoje considerados insatisfatórios pelos especialistas.

O Brasil tem mostrado resultados positivos segundo a IEA. Sua produção cresceu conforme as expectativas em maio após a Petrobras ter concluído os trabalhos de manutenção de suas plataformas. A produção da estatal aumentou 114 mil b/d entre abril e maio e superou em 166 mil b/d a de igual período do ano passado.

Com boa gestão e mais produtividade, espera-se que a Petrobras, como exportadora, tenha condições de aproveitar a recuperação da demanda e dos preços.

Fonte: O Petróleo

Porto do Açu Lança Nova Plataforma Para Cadastro de Fornecedores

Portal de Compras do Açu, o SAP Ariba, promete otimizar processos de contratação

O Porto do Açu lançou uma nova plataforma que irá otimizar os processos de compras junto a possíveis fornecedores. O Portal de Compras já está no ar e representa um novo meio para cadastro de empresas interessadas em prestar algum tipo de serviço dentro do complexo portuário. Implantado em parceria com a SAP Ariba, o portal possibilita, assim como o sistema Petronect da Petrobras, que as contratações sejam realizadas online.

“O Portal de Compras do Açu foi criado para trazer mais eficiência para os nossos processos de contratação. Através da nova plataforma, as empresas instaladas no Porto terão acesso à relação de fornecedores disponíveis e poderão convidá-los para participar de possíveis concorrências. É uma medida para diminuir custos e reduzir riscos, por meio de uma melhor colaboração entre os parceiros comerciais”, explicou João Kapiska, gerente de Suprimentos do Porto do Açu.

O SAP Ariba é uma rede de colaboração de negócios, que possibilita a interação direta entre fornecedor e cliente de forma eletrônica. Isso permite que as empresas acompanhem de forma transparente e em tempo real todos os processos de compras que estejam participando no Porto do Açu.

Os dados dos fornecedores que se cadastrarem no Portal de Compras também estarão disponíveis para as demais empresas instaladas no complexo e para outras companhias que usam a plataforma para contratação, gerando novas oportunidades de negócios.

A Transeletron já se encontra cadastrada no Ariba, pronta para oferecer o melhor de seus serviços.

Fonte: Prumo Logística Global

Mercado do Petróleo Perto do Equilíbrio

A Agência Internacional de Energia (AIE) considerou em Relatório divulgado em 16/05/2017 que o mercado do petróleo está perto do equilíbrio, embora ainda sejam necessários esforços para reduzir as reservas abundantes.


“Este relatório confirma que o reequilíbrio já chegou e que se acelera, ao menos a curto prazo”, ressalta a AIE em seu relatório mensal sobre o petróleo.

O crescimento das reservas, alimentado nos últimos anos por uma oferta excedente, limitou-se a 0,1 milhão de barris por dia (MBD) no primeiro trimestre.

Se a OPEP, que prometeu limitar a produção, mantiver o seu nível de produção de 31,8 mbd atingido em abril, essas reservas deverão ser reduzidas, de acordo com a agência de energia com situada em Paris.

Porém alertam mesmo que isso aconteça, as reservas no final de 2017 poderiam permanecer acima de sua média de cinco anos, o que sugere que ainda há muito a ser feito no segundo semestre de 2017 para reduzi-las e equilibrar o setor.

A Rússia e a Arábia Saudita, os dois maiores produtores de petróleo do mundo, declararam na segunda-feira serem favoráveis a extensão até março de 2018 do acordo dos países membros e não-membros da OPEP para reduzir a produção de petróleo. O acordo, que foi implementado em Janeiro de 2017, é válido até 30 de junho do mesmo ano.

A decisão sobre uma possível extensão do período do acordo será tomada na reunião entre a OPEP e seus parceiros agendada para 25 de maio em Viena.

O mercado deverá levar em conta um estimado aumento da produção dos Estados Unidos, que deverá crescer em 790.000 barris por dia (bd) este ano, ou seja, 100.000 bd mais do que a estimativa anterior de Abril, principalmente devido ao dinamismo do setor de hidrocarbonetos de xisto.

Fonte: EM

Estimativa de Reaquecimento da Cadeia Produtiva de Óleo e Gás no País

  Segundo matéria publicada no periódico Guia Oil & Gas em 30/03/2017, estima-se que, até o início da próxima década, somente a Petrobras, em parceria com companhias a ela associadas no pré-sal, pretende colocar em operação 19 plataformas, uma média de quatro unidades ao ano, com capacidade média de 150 mil barris.

  Para implementar estes empreendimentos, a Petrobras prevê investimentos da ordem de US$ 60,6 bilhões na área de exploração e produção, 82% dos US$ 74,1 bilhões que a estatal programa para o período de 2017-2021.

  A maior parte – US$ 46 bilhões (76%) –, segundo informações da Petrobras, será alocada no desenvolvimento da produção, principalmente em novas plataformas, que abrangem não apenas a construção ou conversão de cascos, como também de todos os módulos da unidade além dos sistemas submarinos. Uma demanda que deverá reaquecer a cadeia produtiva de óleo e gás no país.

  Mais de US$ 30,3 bilhões serão alocados em projetos para os campos do pré-sal, tanto as áreas sob concessão, como as que estão sob contrato de regime de partilha ou de cessão onerosa. E quase US$ 15 bilhões, para unidades que vão produzir no pós-sal, o que demonstra ainda o grande potencial das bacias brasileiras.  

  Lembrando que estas estimativas se dão sem levar em consideração outras companhias, como a Statoil, Total, Shell, Repsol, entre outras, que já mantém investimentos no Brasil e pretendem intensificá-los também nesse período. Ou seja, o ano de 2017 prevê boas estimativas para o ramo do petróleo.

Fonte: Guia Oil & Gas Brasil

Menos restrições no petróleo podem gerar 70 mil empregos

Governo pretende reduzir exigência de conteúdo local


O governo federal pretende cobrar menos conteúdo local (proporção de investimentos nacionais exigidos) em campos de petróleo para obter um volume maior de produção, o que tende a elevar a arrecadação, a geração de empregos e até mesmo as compras do setor no país.
Segundo estudo da consultoria internacional IHS, com uma flexibilização da política atual, o país poderá produzir, em 2025, um milhão de barris a mais por dia, nível 30% superior ao cenário previsto caso não haja mudança na regra de conteúdo local.

Com isso, o número de vagas diretas e indiretas criadas no setor aumentaria em 70 mil postos até 2020 e a arrecadação total de participações, em mais de US$ 300 bilhões nos próximos cinco anos.
Atualmente, o índice de conteúdo local é de até 65%.

A discussão da reforma da política de conteúdo local, prometida para 2016, tem sido bastante polarizada dentro e fora do governo. De um lado, estão as petroleiras, representadas pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) e pela Petrobras, defendendo uma flexibilização mais forte das regras, em que sejam atendidos percentuais menores e globais por empreendimento. De outro lado, estão segmentos da indústria, como os fabricantes de máquinas e equipamentos e os representantes de trabalhadores, como a Força Sindical, pedindo percentuais maiores de conteúdo local e segmentados, para proteger, especificamente, determinados setores.

Já a discussão técnica no governo caminha para definir um ponto intermediário entre esses dois pleitos, para valer apenas para a 14ª Rodada, a ser realizada em setembro deste ano. Para a primeira rodada do pré-sal, prevista para dezembro, o governo já poderá ter uma outra regra. Ao longo do ano, será feito um mapeamento da capacidade de oferta da indústria local para saber no que exatamente será possível a ela atender a preços competitivos. Esse levantamento deverá ser feito pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

Para Carlos Frederico Rocha, pesquisador do Instituto de Economia da UFRJ, na revisão é preciso manter uma política de conteúdo local, como ocorre com o petróleo em praticamente todos os países do mundo. Mas ele explica que a regra atual é muito burocrática e não resultou na capacitação dos fornecedores.

Os governos regionais também têm posições distintas. O Espírito Santo, grande produtor de petróleo, é favorável à flexibilização mais abrangente da política, em favor de um crescimento mais forte da produção. Já o Rio contemporizou.

— Queremos avanços na cadeia de petróleo e gás, mas o adensamento da cadeia de petróleo no estado só ocorrerá com ações que respeitem o conteúdo local em setores nos quais temos vocação, como indústria naval, siderurgia e o cinturão de empresas de tecnologia — disse o secretário da Casa Civil e de Desenvolvimento Econômico do Rio, Christino Áureo.

Um estudo que tem sido usado como referência pelo governo aponta que um investimento em plataforma de US$ 1 bilhão e percentual de 55% de conteúdo local — abaixo dos níveis praticados atualmente, de até 65% — implicam uma produção local de US$ 4,1 bilhões e 20 mil empregos criados direta e indiretamente. O impacto de tudo isso resulta em um aumento de US$ 1,8 bilhão no Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país).

Carlos Rocha, diretor de energia do IHS, disse que as regras atuais de conteúdo local implicam um sobrecusto dos projetos de petróleo no país entre 15% e 22,5%, por conta dos preços maiores cobrados aqui. A Petrobras, a favor de uma mudança mais profunda, conforme defendida pelo presidente Pedro Parente, tem pedido para construir a plataforma de Libra no exterior, por ter encontrado diferenças de preços na faixa dos 40%.

— As últimas plataformas na Bacia de Santos embutem um prazo a mais de 30 meses de entrada em operação, em relação à prática internacional — disse Rocha, destacando que atrasos também são elementos de custo relevantes no setor.

— A sinalização do governo é que haverá um ambiente de negócios positivo para atrair investimentos e obter sucesso nos leilões deste ano — disse Antonio Guimarães, secretário-executivo do IBP.

Fonte: O Globo