Demanda de petróleo cresce acima do previsto

Segundo especialistas responsáveis pelo Relatório do Mercado de Petróleo da Agência Internacional de Energia (IEA, na versão em inglês), principal fonte de informação independente sobre o mercado global de petróleo, indicadores preliminares reportam que o crescimento da demanda global, após cair para o nível mais baixo de 1 milhão de barris/dia (b/d) no primeiro trimestre, subiu para 1,5 milhão de b/d no segundo trimestre.

O aumento da produção em junho não evitou uma alta de preços do petróleo, pois o crescimento da demanda foi muito forte tanto nos países-membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como em países emergentes. Isso representa um cenário favorável para o Brasil e, especificamente, para a Petrobras, cuja produção é crescente.

Em junho, a oferta de petróleo aumentou em 720 mil b/d, para 97,46 milhões de b/d, e só os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) elevaram a produção para 32,6 milhões de b/d, o maior nível deste ano.

A IEA prevê que a demanda de petróleo cresça 1,5% neste ano, para 98 milhões de b/d, e mais 1,5% em 2018, para 99,4 milhões de b/d. Segundo a análise, se as cotações do dólar continuarem moderadas ou caírem em relação a outras moedas fortes, em decorrência de uma política pouco agressiva do banco central norte-americano (o Fed), a procura por petróleo deverá aumentar. Será possível, nesta hipótese, reconstituir os estoques, hoje considerados insatisfatórios pelos especialistas.

O Brasil tem mostrado resultados positivos segundo a IEA. Sua produção cresceu conforme as expectativas em maio após a Petrobras ter concluído os trabalhos de manutenção de suas plataformas. A produção da estatal aumentou 114 mil b/d entre abril e maio e superou em 166 mil b/d a de igual período do ano passado.

Com boa gestão e mais produtividade, espera-se que a Petrobras, como exportadora, tenha condições de aproveitar a recuperação da demanda e dos preços.

Fonte: O Petróleo