Brasil pode ser líder em petróleo fora da Opep até 2027

Estimativa feita nesta quinta-feira, dia 26/10 pelo diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, descreve que o Brasil pode ser tornar até 2027 o maior produtor mundial de petróleo fora do cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A previsão dele é que o Brasil pode chegar até lá com uma produção de mais de 5 milhões de barris por dia.

“Com a entrada do pré-sal, o Brasil tem potencial para ser o maior produtor não-Opep em 2027”, disse ele, em palestra durante a conferência OTC Brasil, no Rio de Janeiro.

O diretor geral da ANP espera que com o avanço da exploração e produção no pré-sal, a exploração da área da cessão onerosa e novas rodadas de áreas que estão no calendário, o Brasil poderá ver contratadas mais de 30 novas plataformas de petróleo até 2027.

“Isso vai representar 850 bilhões de reais em investimentos, sendo que cerca de 350 bi serão contratados no Brasil”, afirmou, dando esperança aos investidores.

Fonte: Exame

Demanda de petróleo cresce acima do previsto

Segundo especialistas responsáveis pelo Relatório do Mercado de Petróleo da Agência Internacional de Energia (IEA, na versão em inglês), principal fonte de informação independente sobre o mercado global de petróleo, indicadores preliminares reportam que o crescimento da demanda global, após cair para o nível mais baixo de 1 milhão de barris/dia (b/d) no primeiro trimestre, subiu para 1,5 milhão de b/d no segundo trimestre.

O aumento da produção em junho não evitou uma alta de preços do petróleo, pois o crescimento da demanda foi muito forte tanto nos países-membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como em países emergentes. Isso representa um cenário favorável para o Brasil e, especificamente, para a Petrobras, cuja produção é crescente.

Em junho, a oferta de petróleo aumentou em 720 mil b/d, para 97,46 milhões de b/d, e só os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) elevaram a produção para 32,6 milhões de b/d, o maior nível deste ano.

A IEA prevê que a demanda de petróleo cresça 1,5% neste ano, para 98 milhões de b/d, e mais 1,5% em 2018, para 99,4 milhões de b/d. Segundo a análise, se as cotações do dólar continuarem moderadas ou caírem em relação a outras moedas fortes, em decorrência de uma política pouco agressiva do banco central norte-americano (o Fed), a procura por petróleo deverá aumentar. Será possível, nesta hipótese, reconstituir os estoques, hoje considerados insatisfatórios pelos especialistas.

O Brasil tem mostrado resultados positivos segundo a IEA. Sua produção cresceu conforme as expectativas em maio após a Petrobras ter concluído os trabalhos de manutenção de suas plataformas. A produção da estatal aumentou 114 mil b/d entre abril e maio e superou em 166 mil b/d a de igual período do ano passado.

Com boa gestão e mais produtividade, espera-se que a Petrobras, como exportadora, tenha condições de aproveitar a recuperação da demanda e dos preços.

Fonte: O Petróleo

Países de fora da Opep decidem tirar 600 mil barris de petróleo do mercado

Volume se soma ao corte de 1,2 milhões de barris diários acordado em Novembro. Objetivo é elevar os preços do barril.

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Um grupo de 12 nações que não integram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se comprometeram, em reunião com os 13 sócios do cartel petrolífero em 10/12/2016, a retirar do mercado cerca de 600 mil barris diários do mercado a partir de Janeiro de 2017.

A informação foi confirmada à imprensa pelo ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zangeneh, ao sair da reunião ministerial “OPEP/Não-OPEP” da qual participaram 25 nações produtoras responsáveis por cerca de 60% da oferta mundial dessa matéria prima.

O volume anunciado se soma ao corte de 1,2 milhão de barris diários (mbd) com o qual se comprometeram os 13 sócios da Opep na 171ª conferência ministerial do grupo no último dia 30 de novembro em Viena.

Sendo assim, no total, o rebaixamento das provisões se for cumprido, deverá rondar os 1,8 mbd, cerca de 2% da produção mundial.

Essa quantidade supera em 50% o crescimento da demanda de petróleo do planeta que os analistas da OPEP previram para o próximo ano (1,2 mbd).

O objetivo da medida é elevar os preços do barril, reduzindo o excesso de provisões que abala os mercados desde meados de 2014, o que causou uma queda de quase 80%.

Nesta segunda-feira, 12/12/2016, observou-se que os barris de petróleo tiveram forte valorização, chegando a máximas não vistas desde julho de 2015.

Fonte: G1 Globo

OPEP Fecha acordo para cortar produção e gera forte alta nos preços do Petróleo

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Os principais países produtores de petróleo acordaram hoje (30/11/2016), em Viena, reduzir a produção do óleo para diminuir a oferta e, assim, forçar a alta dos preços da commodity.

A decisão foi aprovada durante a 171ª reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

A extração será reduzida em cerca de 1,2 milhões de barris diários. Com isso, a produção diária mundial não deverá ultrapassar 32,5 milhões de barris diários, embora a expectativa da própria OPEP seja de um crescimento da demanda mundial em 2016 e em 2017.

Os termos desse novo acordo já tinham sido estabelecidos em setembro, quando o grupo aprovou o chamado Acordo de Argel, estipulando um corte na produção e o teto entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris extraídos por dia (bpd). O foco do Acordo de Argel, segundo explicou hoje o presidente da conferência, o ministro da Energia e da Indústria do Qatar, Mohammed Bin Saleh Al-Sada, era “acelerar a retirada dos estoques, trazendo o reequilíbrio do mercado”.

Um grupo de trabalho foi criado para estudar e recomendar a implementação do nível adequado de produção pelos países membros, discutindo o tema inclusive com representantes dos países produtores que não integram a OPEP. “Esses esforços exaustivos para construir um consenso entre todos os produtores têm sido vitais para o processo de construção de um acordo”, disse Al-Sada, comentando que limitar a produção de forma a “devolver uma estabilidade sustentável ao mercado” seria benéfico para as economias nacionais e mundial.

De acordo com Al-Sada, o Acordo de Argel vinha sendo capaz de deter “a deterioração dos preços”, até que, em 14 de novembro, os preços voltaram a baixar. “É vital que os estoques comecem a cair. Então os preços começarão a subir e a estabilidade retornará ao mercado. Todos os produtores compreendem a gravidade da situação e todos os consumidores também devem compreendê-la”, acrescentou o ministro, citando a perspectiva de a demanda mundial, em 2040, ultrapassar os 109 milhões de barris de petróleo diários – mais de três vezes o limite estabelecido hoje.

“Este crescimento exigirá investimentos significativos. Em geral, as necessidades estimadas de investimentos relacionados ao petróleo estão próximas de US$ 10 trilhões no período até 2040”, declarou Al-Sada, lembrando que, apesar das perspectivas otimistas para os produtores, os investimentos globais caíram entre 2015 e 2016 e especialistas afirmam que devem se manter nos atuais patamares por mais algum tempo.

Com o entendimento entre os países, ainda não oficializado pela entidade, mas já informado por alguns participantes do encontro, a cotação do barril de petróleo teve alta de cerca de 8% desde o início do dia, sendo que o Brent chegou a US$ 50,6 por barril, com crescimento de 8,37%, e o WTI foi a US$ 48,8, em alta de 7,99%.

Fonte: TN Petróleo

Brasil se posiciona contra cortes de produção em reunião com OPEP

O secretário de Petróleo do Ministério de Minas e Energia disse que não vê como um corte da oferta poderia resolver o problema dos preços baixos.

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O governo brasileiro se posicionou contra um corte de produção de petróleo para impulsionar os preços globais, ao participar de uma reunião com membros e não membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

O secretário de Petróleo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Félix, que representou o país no encontro, disse que o Brasil tem uma economia de mercado livre, e assim não vê como um corte da oferta poderia resolver o problema dos preços baixos do petróleo. Ele lembrou que a Petrobras é uma empresa de capital aberto e, segundo ele, se os preços começam a reduzir muito, as empresas têm que dar um jeito de cortar custos e serem mais competitivas.

A OPEP fechou acordo em setembro para reduzir sua produção de petróleo para uma faixa entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia (bpd), com o objetivo de suportar preços globais, no primeiro acerto do gênero desde 2008.

Além disso, os países participantes também buscam apoio em outros países para evitar que alguns produtores tomem mercado daqueles que reduzirem a produção.

Além do Brasil, os países não membros da OPEP que participaram da reunião ocorrida em 29/10/2016, foram a Rússia, México, Azerbaijão, Cazaquistão e Oman. Alguns deles ainda vão estudar uma possível participação no acordo, como a Rússia e o México, segundo Félix.

Uma nova reunião da OPEP com outros países deverá ocorrer em 25 de novembro, antes da reunião oficial do cartel no dia 30.

Para o secretário de petróleo, o convite foi um “reconhecimento de que o Brasil é um ator cada vez mais importante no mercado mundial de petróleo”.

A produção de petróleo no Brasil subiu pelo quinto mês consecutivo em agosto, renovando um recorde mensal de extração pela terceira vez seguida, a 2,609 milhões de barris por dia (bpd), volume superior a muitos países da OPEP.

“Esse ano teve um crescimento muito expressivo e a produção brasileira já foi muito representativa em nível mundial”, disse Félix, que sugeriu à OPEP que faça reuniões em outros países e ofereceu o Brasil para ser sede de algum encontro.

No caso da Petrobras, a produção deverá cair no ano que vem ante 2016, informou a diretora de Exploração e Produção da estatal, Solange Guedes, em teleconferência em Setembro, citando alguns atrasos de plataformas, porém observa-se que outras petroleiras privadas e estrangeiras estão ampliando a produção no país.

Fonte: Exame.com