Petrobras Pode Concluir o Comperj em Parceria com Empresa Chinesa

A Petrobras e a chinesa China National Petroleum Company (CNPC) assinaram nesta terça-feira, 04/07/2017, um acordo para negociar parcerias, avaliando em conjunto oportunidades no Brasil e no exterior.

A CNPC é a maior corporação integrada de Óleo e Gás (O&G) da China, com atividades nos setores de upstream, midstream, downstream, marketing e comercialização, prestação de serviços petrolíferos, engenharia, construção e fabricação.

Na visão de mercado, uma parceria estratégica representa uma aliança essencial para viabilizar um negócio, na qual as empresas compartilham riscos e investimentos. Em alguns casos, essas parcerias podem envolver investimento em participações de uma empresa na outra.

O plano de negócios da Petrobras para o período entre 2017 e 2021 tem como meta a realização de parcerias, como forma de compartilhar riscos, de aumentar a capacidade de investimentos, além de promover intercâmbio tecnológico e fortalecimento da governança corporativa.

Desde 2013, a Petrobras e a CNPC são parceiras na área de Libra, considerada pelo governo brasileiro a área em exploração mais promissora do Brasil, no pré-sal da Bacia de Santos.

Por isso, foi entendido pelo mercado que há uma grande possibilidade, destacada também por fontes internas, que a parceria possa oferecer subsídio à conclusão da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, no Estado do Rio.

Vale ressaltar que o Comperj foi uma das obras envolvidas no caso de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato e teve suas obras paradas desde 2014.

Se executado de acordo com os padrões de responsabilidade financeira e cuidado técnicos que devem ser seguidos em obras públicas, o Comperj representa um projeto importante para o País devido à sua capacidade de refino, de 165 mil barris de petróleo por dia na primeira fase, que reduziria a necessidade de importação de derivados. Sua unidade de gás – cujas obras prosseguem – receberá o gás natural a ser produzido a partir de 2020 no pré-sal da Bacia de Santos. Ao que se informa, a construção da unidade petroquímica continuará suspensa.

Com esse comunicado gerou-se um estímulo à esperança de oferta de empregos na obras e avanço da tecnologia e processos de refino no País.

Fonte: Extra

Sancionada lei que retira obrigatoriedade da Petrobras explorar o pré-sal

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O presidente disse que as mudanças nas regras estão sendo feitas em benefício do Brasil e que a nova legislação permite que outras empresas possam explorar a camada, ampliando margem de empregos.

Foi sancionada em 29/11/2016 por Michel Temer a lei que tira da Petrobras a obrigatoriedade de exploração do pré-sal. Segundo Temer, a participação obrigatória da estatal era “exagerada”, pois a Petrobras tinha como objetivo a prosperidade econômica e, por isso, em certos momentos não teria objetivo explorar o petróleo.

Atualmente, a Estatal deve ter participação mínima de 30% em todos os consórcios de exploração de blocos licitados na área do pré-sal e na qualidade de operadora. As mudanças, aprovadas na Câmara e no Senado, têm como objetivo ampliar a entrada do capital privado na exploração.

A Petrobras, no entanto, ainda terá a preferência para escolher os blocos em que pretende atuar como operadora, desde que com a anuência do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), atendendo aos interesses nacionais.

De acordo com Pedro Parente, presidente da Petrobras, com a nova lei do pré-sal, a Estatal vai priorizar o investimento nos melhores campos para garantir o melhor retorno para a companhia. 

Parente considera positiva a nova legislação, que dá poder de escolha à Petrobras, visto que antes com a questão da participação mínima de 30%, a estatal era obrigada a participar independente de ter recursos ou não.

Apesar de reduzir seus investimentos num momento de restrição fiscal, a Petrobras poderá utilizar seu conhecimento de geologia do pré-sal em campos “excepcionais”.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, espera bilhões de dólares em investimentos em leilões em 2017, com novas empresas interessadas em explorar petróleo da camada pré-sal.

Fonte: TN Petróleo

Petrobras e Total fazem parceria em exploração e produção de petróleo e em setor de gás e energia

Empresas já são parceiras em 15 consórcios, sendo 9 no Brasil e 6 no exterior. A parceria tem intenção de avaliar oportunidades nacionais e internacionais em áreas de interesse mútuo.

A Petrobras e petroleira francesa Total anunciaram na segunda-feira (24/10), durante a feira Rio Oil & Gas que está ocorrendo no Rio Centro, um memorando de entendimento para a “consolidação” de uma aliança estratégica nos segmentos de Exploração e Produção (E&P) e Gás e Energia (G&E).

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A intenção é que ambas empresas avaliem conjuntamente oportunidades no Brasil e no exterior em áreas-chaves de interesse mútuo, beneficiando-se de suas reconhecidas experiências em todos os segmentos da cadeia de óleo e gás.

Na primeira fase do acordo, as companhias pretendem focar nas áreas de E&P e G&E. No segmento de E&P, a Petrobras irá oferecer parcerias em projetos no Brasil, enquanto a Total irá propor oportunidades no exterior.

Numa segunda fase, o memorando prevê, ainda, a extensão da parceria estratégica para todos os segmentos da área de refino e gás natural.

“Essa nova aliança permitirá que as duas companhias potencializem suas experiências e competências técnicas no desenvolvimento de águas profundas, visando otimizar a produção e desenvolver essas atividades no Brasil e em outras províncias promissoras de óleo e gás, compartilhando custos e riscos em projetos de alta complexidade e elevados investimentos”, afirmou a Petrobras em nota.

Questionado se a venda da BR Distribuidora entraria neste acordo, o CEO do Grupo Total, Patrick Pouyanné, disse que a companhia francesa tem sim interesse na empresa, mas que no momento ela não faz parte do seu plano de negócios e não estaria incluída na aliança.

O projeto prevê a redução de investimentos de desenvolvimento na ordem de 35%. “Essa parceria pode incluir tanto ativos já existentes quanto a participação em futuros leilões e futuros campos. Não é estritamente uma cooperação transacional, o objetivo aqui é dividir riscos e reduzir a necessidade de mobilizar recursos da empresa. Além disso, nesse momento tão importante, trocamos tecnologia”, explicou o presidente da Petrobras.

O presidente da francesa Total, Patrick Pouyanné, disse que, apesar da atual situação política e financeira “difícil” do Brasil, o País é muito atraente no longo prazo. “O Brasil é um enorme mercado. Tem grande potencial de crescimento econômico e muitas oportunidades. Decidimos dar esse primeiro passo em gás e petróleo. Para uma empresa como a nossa, a visão deve ser de médio e longo prazo. O importante é encontrar os parceiros certos”, disse.

Fonte: G1

Petrobras reduz plano de investimento para US$ 74,1 bilhões em 5 anos

Valor é de 25% menor que os US$ 98,4 bi previstos no plano anterior. Plano divulgado em Setembro de 2016 prevê também US$ 19,5 bilhões em venda de ativos e ‘parcerias’ entre 2017 e 2018.

A estatal diz buscar a “recuperação da solidez financeira” e reduzir sua enorme dívida, que ao final de junho era de R$ 397 bilhões, sem precisar fazer novas captações no mercado financeiro.

Confira os principais pontos do Plano de Negócios:
– Redução de 25% nos investimentos, para US$ 74,1 bilhões em 5 anos
– Meta de US$ 19,5 bilhões em vendas de ativos e parcerias entre 2017 e 2018
– Previsão de redução da alavancagem (termômetro de endividamento medido pela relação de dívida líquida/Ebitda) de 5,3 vezes em 2015 para 2,5 vezes em 2018.
– Estatal espera elevar a produção total, de 2,62 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2017 para 3,41 milhões de boed em 2021, sendo 2,77 milhões no Brasil
– Petrobras vê preço médio do barril de petróleo Brent a US$ 48 em 2017; para 2018, projeção é de barril a US$ 56, subindo para US$ 68 em 2019 e em US$ 71 em 2020 e 2021.

Sabe-se que o corte de investimento foi geral, mas a empresa afirma que continuará priorizando investimentos em mais de 80% do total na exploração e produção, conforme figura abaixo.

Fonte: Petrobras
Fonte: Petrobras

O presidente afirmou em entrevistas que 2016 e 2017 serão os anos em que a Petrobras vai “apertar o passo” para alcançar a saúde financeira. “Depois desses dois anos, nós recuperamos o crescimento na nossa curva de produção e vamos ter um crescimento operando de maneira bastante disciplinada como tem que ser”, disse.

Segundo ele, o foco nos próximos dois anos será a recuperação da solidez financeira da Petrobras. “No horizonte total dos cincos anos desse planejamento, a nossa proposta é que a empresa tenha sido saneada, tenha padrões de governança e ética inquestionáveis para sustentar uma produção crescente, mas realista, e capaz de investir e se posicionar nos processos de transição por que passa o mercado de energia no mundo”, escreveu o presidente em comunicado.

O plano apresentado também inclui a “vendas de ativos”, chamada de desinvestimentos -– uma espécie de privatização, por se tratar de uma empresa com controle estatal. De acordo com a companhia, estão previstos US$ 19,5 bilhões de “parcerias e desinvestimentos” entre 2017 e 2018. O presidente garante que o crescimento da produção deverá chegar a 30% a partir de 2019, mesmo após os grandes desinvestimentos apontados.

A Petrobras sairá das atividades de produção de biocombustíveis como etanol, distribuição de gás de cozinha (GLP), produção de fertilizantes e das participações em petroquímica. Além disso, a empresa não pretende aumentar ativos no exterior até 2021.

As expectativas com a divulgação do plano são que a empresa se reestruture em questões organizacionais e estratégicas a fim de continuar contribuindo fortemente para a movimentação do mercado.

Fonte: G1 Globo