Petrobras e Total fazem parceria em exploração e produção de petróleo e em setor de gás e energia

Empresas já são parceiras em 15 consórcios, sendo 9 no Brasil e 6 no exterior. A parceria tem intenção de avaliar oportunidades nacionais e internacionais em áreas de interesse mútuo.

A Petrobras e petroleira francesa Total anunciaram na segunda-feira (24/10), durante a feira Rio Oil & Gas que está ocorrendo no Rio Centro, um memorando de entendimento para a “consolidação” de uma aliança estratégica nos segmentos de Exploração e Produção (E&P) e Gás e Energia (G&E).

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A intenção é que ambas empresas avaliem conjuntamente oportunidades no Brasil e no exterior em áreas-chaves de interesse mútuo, beneficiando-se de suas reconhecidas experiências em todos os segmentos da cadeia de óleo e gás.

Na primeira fase do acordo, as companhias pretendem focar nas áreas de E&P e G&E. No segmento de E&P, a Petrobras irá oferecer parcerias em projetos no Brasil, enquanto a Total irá propor oportunidades no exterior.

Numa segunda fase, o memorando prevê, ainda, a extensão da parceria estratégica para todos os segmentos da área de refino e gás natural.

“Essa nova aliança permitirá que as duas companhias potencializem suas experiências e competências técnicas no desenvolvimento de águas profundas, visando otimizar a produção e desenvolver essas atividades no Brasil e em outras províncias promissoras de óleo e gás, compartilhando custos e riscos em projetos de alta complexidade e elevados investimentos”, afirmou a Petrobras em nota.

Questionado se a venda da BR Distribuidora entraria neste acordo, o CEO do Grupo Total, Patrick Pouyanné, disse que a companhia francesa tem sim interesse na empresa, mas que no momento ela não faz parte do seu plano de negócios e não estaria incluída na aliança.

O projeto prevê a redução de investimentos de desenvolvimento na ordem de 35%. “Essa parceria pode incluir tanto ativos já existentes quanto a participação em futuros leilões e futuros campos. Não é estritamente uma cooperação transacional, o objetivo aqui é dividir riscos e reduzir a necessidade de mobilizar recursos da empresa. Além disso, nesse momento tão importante, trocamos tecnologia”, explicou o presidente da Petrobras.

O presidente da francesa Total, Patrick Pouyanné, disse que, apesar da atual situação política e financeira “difícil” do Brasil, o País é muito atraente no longo prazo. “O Brasil é um enorme mercado. Tem grande potencial de crescimento econômico e muitas oportunidades. Decidimos dar esse primeiro passo em gás e petróleo. Para uma empresa como a nossa, a visão deve ser de médio e longo prazo. O importante é encontrar os parceiros certos”, disse.

Fonte: G1