Perspectiva de melhorias no setor de óleo e gás em 2017

    Diante da retomada dos leilões do pré-sal em 2017 e das mudanças no marco regulatório do setor, a confiança da indústria brasileira de óleo e gás aumentou.

     Estudo da consultoria norueguesa DNV GL mostra que executivos do setor ainda esperarem um ano difícil, mas já estão mais otimistas com as oportunidades de negócios. O levantamento, que ouviu 723 profissionais, dentre eles, 50 brasileiros, mostra que a confiança nas perspectivas para a indústria de óleo e gás mais que triplicou no país, de 16% em 2016 para 50% em 2017, sendo a média global, para efeitos de comparação, de 32%.

     O diretor da consultoria norueguesa, Alex Imperial, destaca que a pesquisa reflete um otimismo maior dos executivos com algumas sinalizações regulatórias importantes. No caso do Brasil, ele cita como exemplo o fim da obrigatoriedade da operação da Petrobras no pré-sal, as discussões em torno da mudança do marco regulatório do gás natural e a intenção do governo de instituir um calendário de leilões anuais de blocos exploratórios.

   “O ano de 2017 ainda vai ser difícil, mas com um sentimento de esperança que não tínhamos em 2016. Existem coisas concretas que já foram feitas e outras que já estão se desenhando”, comenta ele.

    Além disso, o diretor lembra que, em 2016, o Brasil vivia uma tempestade: uma crise econômica e incertezas políticas em torno do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, e um cenário de cortes de investimentos em meio aos desdobramentos da Lava-Jato e da queda dos preços do barril do petróleo.

    Segundo ele, é justamente porque a crise no Brasil é mais intensa que as notícias positivas mexem mais com o humor do mercado e justificam o otimismo maior do setor no país do que no restante do mundo.

    O estudo constatou que, apesar do aumento da confiança, os executivos no Brasil ainda esperam que 2017 seja um ano ruim para os negócios.

     A minoria (44% dos entrevistados) espera aumentar ou manter estável os investimentos este ano, embora a indústria mundial se mostre mais pessimista: a média global é de 39%. O percentual de brasileiros que esperam contratar para aumentar seu quadro de pessoal é de 22%, dez pontos percentuais acima da média global.

        Do ponto de vista da lucratividade dos seus negócios, no entanto, a indústria brasileira está mais pessimista. Segundo a DNV GL, apenas um quarto (26%) dos profissionais sêniores do setor no Brasil esperam alcançar suas metas de lucro neste ano, contra 34% das expectativas globais.

         “A indústria está se preparando para um crescimento que pode vir em 2018. A confiança aumenta, mas os executivos ainda acreditam na queda das receitas. É natural. As mudanças geralmente têm um período de maturação até que gerem projetos tangíveis”, disse Imperial.

Fonte: O Petróleo

OPEP Fecha acordo para cortar produção e gera forte alta nos preços do Petróleo

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Os principais países produtores de petróleo acordaram hoje (30/11/2016), em Viena, reduzir a produção do óleo para diminuir a oferta e, assim, forçar a alta dos preços da commodity.

A decisão foi aprovada durante a 171ª reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

A extração será reduzida em cerca de 1,2 milhões de barris diários. Com isso, a produção diária mundial não deverá ultrapassar 32,5 milhões de barris diários, embora a expectativa da própria OPEP seja de um crescimento da demanda mundial em 2016 e em 2017.

Os termos desse novo acordo já tinham sido estabelecidos em setembro, quando o grupo aprovou o chamado Acordo de Argel, estipulando um corte na produção e o teto entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris extraídos por dia (bpd). O foco do Acordo de Argel, segundo explicou hoje o presidente da conferência, o ministro da Energia e da Indústria do Qatar, Mohammed Bin Saleh Al-Sada, era “acelerar a retirada dos estoques, trazendo o reequilíbrio do mercado”.

Um grupo de trabalho foi criado para estudar e recomendar a implementação do nível adequado de produção pelos países membros, discutindo o tema inclusive com representantes dos países produtores que não integram a OPEP. “Esses esforços exaustivos para construir um consenso entre todos os produtores têm sido vitais para o processo de construção de um acordo”, disse Al-Sada, comentando que limitar a produção de forma a “devolver uma estabilidade sustentável ao mercado” seria benéfico para as economias nacionais e mundial.

De acordo com Al-Sada, o Acordo de Argel vinha sendo capaz de deter “a deterioração dos preços”, até que, em 14 de novembro, os preços voltaram a baixar. “É vital que os estoques comecem a cair. Então os preços começarão a subir e a estabilidade retornará ao mercado. Todos os produtores compreendem a gravidade da situação e todos os consumidores também devem compreendê-la”, acrescentou o ministro, citando a perspectiva de a demanda mundial, em 2040, ultrapassar os 109 milhões de barris de petróleo diários – mais de três vezes o limite estabelecido hoje.

“Este crescimento exigirá investimentos significativos. Em geral, as necessidades estimadas de investimentos relacionados ao petróleo estão próximas de US$ 10 trilhões no período até 2040”, declarou Al-Sada, lembrando que, apesar das perspectivas otimistas para os produtores, os investimentos globais caíram entre 2015 e 2016 e especialistas afirmam que devem se manter nos atuais patamares por mais algum tempo.

Com o entendimento entre os países, ainda não oficializado pela entidade, mas já informado por alguns participantes do encontro, a cotação do barril de petróleo teve alta de cerca de 8% desde o início do dia, sendo que o Brent chegou a US$ 50,6 por barril, com crescimento de 8,37%, e o WTI foi a US$ 48,8, em alta de 7,99%.

Fonte: TN Petróleo

Brasil será destaque em demanda por petróleo na América Latina

Segundo relatório do mês de Julho da OPEP, o Brasil deve ser o país com maior aumento da produção de petróleo fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo em 2017.

A OPEP aponta esta possibilidade devido ao planejamento da Petrobras de adicionar sete novas plataformas na base de Santos, incluindo três no campo Lula, duas em Búzios, uma no de Lapa e outra no “gigante” campo de Libra. Para eles, isto deve assegurar uma alta de 260 mil barris de petróleo por dia (bpd), o que deve garantir para o Brasil uma média de 3,37 milhões de barris por dia ao final de 2017.

Opep aponta que novas plataformas da Petrobras devem garantir 3,37 mi de barris por dia ao Brasil
Opep aponta que novas plataformas da Petrobras devem garantir 3,37 mi de barris por dia ao Brasil

Para 2016, a OPEP manteve a previsão de que a produção média do Brasil deve ficar em 3,10 milhões de barris por dia, um aumento de 40 mil bpd na comparação com o ano anterior. Na América Latina, a produção deve cair 70 mil barris neste ano, para 5,12 milhões de barris diários — contra a queda em 30 mil bpd apontada em junho.

“O Brasil é o único país da região que crescerá neste ano. Por outro lado, a produção da Colômbia cairá 70 mil barris diários, para 960 mil BPD. Igualmente também há previsão de queda na Argentina, Trinidad e Tobago e outros latino-americanos”, diz o documento.

Em relação à demanda, o Brasil também é destaque no relatório. A OPEP projeta que a demanda na América Latina deve melhorar ligeiramente em 2017, comparado com os níveis de 2016, com uma alta de 70 mil barris por dia, a partir de melhores projeções econômicas e margens mais baixas de comparação. O Brasil deve responder por mais de 50% deste crescimento, projeta a OPEP.

Em termos de produto, o óleo diesel e a gasolina devem ter os maiores potenciais de crescimento para atender ao setor industrial e de transporte na América Latina.

Para este ano, na América Latina, a demanda deve cair 30 mil barris por dia, pelo segundo ano. Em abril de 2016, diz a OPEP no relatório, a demanda no Brasil caiu mais de 50 mil barris por dia, em comparação com o desempenho do ano anterior, refletindo “o ritmo fraco da atividade econômica do país”.

Fonte: Jornal do Brasil

A Decepção na Cidade Fluminense que Esperava Prosperar com o Petróleo

A cidade de Itaboraí, no Estado do Rio de Janeiro, viveu anos de animação e expectativa, esperando uma prosperidade que ainda não chegou.

Em 2008, quando começou a construção do Complexo Petroquímico da Petrobras (Comperj), a perspectiva era de que se criassem milhares de empregos ligados ao setor em Itaboraí, o que atraiu investimentos e trabalhadores de todo o país.

Mas uma queda no preço internacional do petróleo, os altos custos da estrutura e os escândalos de corrupção investigados pela operação Lava Jato fizeram esse sonho ruir: parte das obras do Comperj foi suspensa, e parte dos trabalhadores do local enfrentou ondas de demissões.

O Comperj – formado por duas refinarias, uma planta petroquímica e uma de gás natural – deveria ter ficado pronto em 2011, segundo a Agência Brasil.

O espaço teria capacidade de refinar 165 mil barris de petróleo por dia. O objetivo seria atender ao crescimento da demanda de derivados no Brasil, como óleo diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação, coque e GLP (gás de cozinha).

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Construção de complexo petroquímico começou em 2008 em Itaboraí, no Rio de Janeiro

Mas atualmente a única obra com previsão para ser concluída (em 2017) é a planta de beneficiamento de gás.

Empresas envolvidas na construção das refinarias foram investigadas na Operação Lava Jato, que apura pagamentos de propina e políticos. A investigação levou à prisão donos de construtoras e ex-dirigentes da Petrobras – como o então diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto da Costa.

No último mês de março, ainda na gestão anterior da empresa – Pedro Parente, novo presidente da estatal, assumiu o cargo em maio -, a Petrobras informou que o Comperj só deve entrar em funcionamento no ano de 2023.

A crise econômica e as incertezas sobre a construção do complexo provocaram milhares de demissões em Itaboraí – refletindo a crise financeira em todo o Estado do Rio de Janeiro, que recentemente decretou estado de calamidade por conta dos problemas de caixa.

“A nossa dispensa foi em 2015”, conta o soldador Sérgio. “A despesa com dois filhos pequenos e com esposa é muito alta, então você não pode ficar parado. Quase todos os dias nós vamos na agência para ver se há uma vaga de emprego porque a gente tem que fazer alguma coisa para sustentar a família.”

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Milhares de trabalhadores foram dispensados com o declínio de projeto de complexo petroquímico

Muitos trabalhadores de outros Estados que foram para o Rio de Janeiro para trabalhar em Itaboraí não conseguiram voltar para casa por falta de recursos.

Segundo Helil Barreto Cardozo (PTN), prefeito de Itaboraí, muitos prédios foram construídos para receber funcionários e executivos da indústria do petróleo. Porém, a maioria deles nunca entrou em funcionamento.

“Esse sonho virou um grande pesadelo para a cidade”, disse Cardozo.

Até agora, a Petrobras investiu estimados US$ 14 bilhões em Itaboraí. Retomar o projeto e colocar o complexo em funcionamento até 2023 vem sendo tratado como de grande importância estratégica pelo governo – para tentar reduzir o déficit da importação de combustíveis no Brasil.

Mas para os trabalhadores que apostaram no sonho do complexo petroquímico de Itaboraí, a perspectiva parece muito distante.

“A gente não consegue enxergar o futuro, porque está tudo parado, a gente fica pensando em como recomeçar”, disse o soldador Sérgio.

Fonte: BBC Brasil.com

SHELL DEFENDE COMPROMETIMENTO COM O CONTEÚDO LOCAL E BUSCA NOVOS FORNECEDORES NO BRASIL

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Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) em 26. maio, 2015

O que todos os empresários brasileiros estão buscando neste momento, sejam pequenos, médios ou grandes, é uma nova leva de encomendas no horizonte, mas o setor de óleo e gás passa por um período de quase estagnação neste sentido, muito impactado pela situação da Petrobrás. Apesar de ainda ser – e provavelmente continuar sendo por muitos anos – a principal contratante do segmento, a estatal não é a única, já que a presença das operadoras privadas vem crescendo no País. É o caso da Shell, que passou ao posto de segunda maior produtora de petróleo no Brasil em abril, após anunciar a aquisição da BG, e atualmente desenvolve um plano de incentivo à cadeia de fornecedores locais. A companhia anglo-holandesa vem organizando uma série de encontros pelos estados brasileiros, com o intuito de ampliar sua base de fornecimentos, e na última semana realizou um novo evento do tipo no Rio de Janeiro, em parceria com o Sebrae e a Rede Petro Rio. Os empresários locais lotaram o auditório, mostrando o alto interesse das pequenas e médias companhias em abrir canais com novos operadores. Durante o encontro, a empresa ainda apresentou um passo a passo para os interessados em se tornarem fornecedores no Brasil (veja no final da reportagem).

Além disso, a postura da Shell, se for confirmada na prática, chama atenção pela defesa do conteúdo local, em um momento em que a própria Petrobrás vem mandando para a China alguns projetos que deveriam ser feitos no Brasil.

O gerente de desenvolvimento do mercado de fornecedores da Shell, Marcelo Mofati (foto à esquerda), fez uma defesa enfática do conteúdo local durante o encontro, afirmando que a empresa pretende atingir índices acima das obrigações contratuais com a ANP, mas ressaltou a necessidade de que haja competitividade na indústria.

A Shell quer ser reconhecida como a empresa internacional mais comprometida com o conteúdo local. Porque consideramos que é uma forma genuína de acessar os recursos. Não vale estar no Brasil há 102 anos e não se preocupar com isso”, afirmou, destacando o longo período de presença da companhia no País.

Mofati contou ainda que a empresa possui hoje uma estrutura independente no país, ligada diretamente à presidência, apenas para lidar com a questão do conteúdo local, criada como consequência do aumento das exigências contratuais neste sentido a partir da 7ª rodada de licitações da ANP, em 2005. Ainda assim, o executivo ressaltou que acreditam na evolução das regras e reiterou a importância de as pequenas e médias empresas buscarem ser competitivas.

A estratégia é promover o conteúdo local em uma base competitiva. Ninguém aqui vai comprar de vocês se não forem competitivos. E não é ser competitivo em 30%, mas em termos internacionais”, afirmou, para em seguida amenizar o tom: “A Shell entende que sem os pequenos e médios fornecedores essa indústria não se sustenta. E as portas da empresa estão sempre abertas”.

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O executivo explicou ainda que, em alguns casos, a Shell oferece suporte técnico para os fornecedores menores, e quando eles precisam de apoio financeiro, os encaminha para o BNDES. Além de Mofati, André Eller e Fernando Pedroso (foto à direita), ambos da equipe de desenvolvimento de mercado de fornecedores da operadora, também apresentaram detalhes do programa de incentivo à cadeia de bens e serviços no evento. Para facilitar o contato com os pequenos e médios empresários, a Shell utiliza um sistema em que os fornecedores podem se cadastrar em um banco de dados chamado CadFor.

Nosso intuito é desenvolver a cadeia de suprimentos. Se um fornecedor não pode atender diretamente a Shell, podemos indicá-lo a um de nossos fornecedores maiores”, ressaltou Pedroso.

Veja abaixo as principais perguntas e respostas para as empresas interessadas em se tornarem fornecedoras da Shell no Brasil, de acordo com um pedido feito pelo Petronotícias à empresa:

Como as empresas podem se aproximar da Shell para fazerem parte da cadeia de fornecedores dela?

O primeiro passo que um pequeno ou médio empresário deve seguir é cadastrar-se no CadFor. Uma vez registrada no sistema, a empresa passará a estar visível para eventualmente ser fornecedora direta ou indireta da Shell. Em geral, as contratações são feitas por intermédio dos nossos fornecedores primários.

Como uma pequena ou média empresa pode se tornar uma fornecedora global da Shell?

Como uma empresa internacional de energia, a Shell tem operação em mais de 90 países, o que possibilita a importação e exportação de determinadas técnicas e aplicações. O mesmo ocorre com nossos fornecedores: assim como trazemos para o Brasil a expertise de alguma empresa que seja nossa fornecedora em outra região onde operamos, do mesmo modo podemos levar para fora do país algum case de sucesso daqui.

Passo a passo para se cadastrar no Cadfor:

Basta acessar o link do CadFor (www.cadfor.com.br) e seguir as instruções. Primeiramente, um formulário com informações básicas da empresa é solicitado. Depois, os administradores/organizadores do portal cobram uma série de documentos. Após o resultado da análise deste material, a empresa ingressará ou não no sistema. Caso não esteja apto naquele momento, o empresário poderá se adequar no que é exigido e entrar com um novo requerimento dentro de um prazo determinado pelo CadFor. 

Quais são as principais demandas de produtos e serviços da Shell no país?

Há diferentes demandas que poderão variar em função dos projetos nos quais estamos envolvidos. Dentre as necessidades mais constantes, temos demandas de logística, incluindo movimentação de equipamentos e materiais, barcos de apoio e bases logísticas que suportam nossa operação em alto-mar.

SCHAHIN ESTIMA PREJUÍZOS EM MAIS DE US$ 4 BILHÕES E DIZ QUE VAI COBRAR NA JUSTIÇA CUMPRIMENTO DE CONTRATOS COM A PETROBRÁS

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O rompimento do contrato de afretamento de sondas da Schahin pela Petrobrás  ainda vai render muita dor de cabeça. Hoje (28), O Grupo Schahin disse que terá um prejuízo superior a US$ 4 bilhões e que vai cobrar da Petrobrás na justiça. Em nota, o grupo afirmou que mais de 1.000 funcionários podem perder seus empregos e  que muitos  credores e acionistas vão ser atingidos, caso a decisão não seja revertida.

Os problemas entre a Schahin e a Petrobrás começaram no início de abril, quando houve a paralisação de cinco sondas afretadas para a estatal. Na época, a Schahin alegou em comunicado não ter mais recursos para manter as sondas em operação e disse estar renegociando seus financiamentos. A estatal afirma, porém, que houve inadimplemento contratual, o que a permitiria rescindir os acordos firmados.

A crise vivida pela Schahin não se restringe apenas aos navios/plataformas que fazem parte da sua frota, mas chega também até unidades que estavam em construção. O FPSO Cidade de Caraguatatuba, do consórcio Schahin/Modec, teve todos os seus módulos retirados para serem construídos na China. A embarcação foi contratada pela Petrobrás para operar na área de Carioca, no bloco BM-S-9, no pré-sal da Bacia de Santos, em um acordo de afretamento de 20 anos.

Veja a nota completa do Grupo Schahin:

Petrobrás encerra contratos de afretamento e serviços com Schahin

Pioneiro na perfuração em águas profundas desde os anos 80, utilizando sistemas de posicionamento dinâmico, o Grupo Schahin recebeu de forma consistente e reiterada da Petrobrás notas altíssimas de desempenho e foi classificado pela estatal como um dos principais operadores de petróleo e gás offshore no Brasil nos últimos 20 anos. Conforme anunciado anteriormente, no início de abril de 2015, o Grupo Schahin interrompeu, temporariamente, as operações em cinco de seus seis navios/plataformas (em particular, os navios-sonda Cerrado, Sertão e Lancer e as plataformas semi-submersíveis Amazônia e Pantanal), trazendo as embarcações para a costa brasileira. A decisão foi tomada pelos acionistas do Grupo Schahin e sua experiente equipe de gestão, para evitar potenciais problemas operacionais decorrentes de uma pontual falta de liquidez ocasionada principalmente por uma ação de execução por parte de um credor.

Tal decisão foi prontamente comunicada pelo Grupo Schahin à Petrobrás antes da interrupção da operação dos cinco navios/plataformas. Os contratos de afretamento e de prestação de serviços firmados entre a Petrobrás e o Grupo Schahin relativamente àqueles equipamentos permitem a paralisação das operações por um período de até 60 dias.

Pouco tempo depois, a situação de liquidez do Grupo Schahin melhorou em razão de um acordo consensual firmado com o referido credor, o qual arrendava as plataformas Pantanal e Amazônia para o Grupo. Esse acordo não só permitiu a remoção consensual desses navios da frota do Grupo Schahin, mas também a redução de sua respectiva dívida em mais de US$ 1 bilhão, tendo ainda melhorado significativamente a capacidade de gerar recursos por parte da Schahin.

Na última semana de abril de 2015 (várias semanas antes de se encerrar o acima referido período de 60 dias), o Grupo Schahin informou à Petrobrás que os seus navios estavam prontos para retornar às operações e apenas aguardavam o recebimento, da Petrobrás, de coordenadas com os locais onde deveriam recomeçar suas atividades de perfuração. A notificação do Grupo Schahin à Petrobrás a respeito da decisão de retomar as operações com os navios-sonda foi apoiada por seus principais credores de operações de project finance e estabeleceu o direito do Grupo Schahin de receber taxas de stand-by junto à Petrobrás nos termos dos respectivos contratos de afretamento e de prestação de serviços.

Porém, em 21 de maio de 2015, a Petrobrás, sem razão válida, rescindiu unilateralmente os contratos de afretamento e de prestação de serviços dos mencionados cinco navios/plataformas. Caso não revertida, tal rescisão irá resultar na perda de mais de 1.000 postos de trabalho e em prejuízo superior a US$ 4 bilhões para os credores e acionistas do Grupo Schahin. O Grupo Schahin pretende ingressar imediatamente com ações nos tribunais brasileiros para reverter a decisão da Petrobrás e está confiante de que terá sucesso.

 O Grupo Schahin continua a operar normalmente sua outra embarcação, o navio-plataforma Vitória.

Fonte: http://www.petronoticias.com.br/archives/69474

TRANSELETRON APOSTA NO DESENVOLVIMENTO DE SENSORES PARA AS ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO OFFSHORE

Por Thiago Garcez (thiago@petronoticias.com.br) –

rhuan-barretoUma das pioneiras no desenvolvimento de tecnologia e mão-de-obra especializada para a indústria de petróleo e gás, a Transeletron foi fundada há 14 anos para cobrir um “gap” no mercado. Segundo o diretor da empresa, Rhuan Barreto, a empresa está desenvolvendo uma plataforma de aquisição de todos os sensores de temperatura e dados de poços de exploração.

 Que tipo de serviços a empresa desenvolve ?

Antes de fundar a Transeletron, os atuais sócios já atuavam há anos no mercado de óleo e gás. Eles decidiram começar a trabalhar com a instalação de sensores e sistemas elétricos de monitoramento submarino e manutenção de equipamentos. Em 2010, a companhia decidiu inovar para conseguir uma fatia maior do mercado, investindo na fabricação de produtos para o setor, especialmente em dutos. Hoje, temos um Centro de Inovação Tecnológica e inauguramos, recentemente, a empresa EasySubsea, que está em fase inicial. 

Que programas a empresa vem desenvolvendo atualmente?

Estamos trabalhando em algumas linhas de desenvolvimento de projetos. Por exemplo, temos o easySensing, que é um sensor de pressão e temperatura de cabeça de poço. Temos também o easyDAQ, que é uma plataforma de aquisição de todos os sensores de temperatura e dados. Alguns outros projetos como o easyWHO e easyComm estão em processos de desenvolvimento.

A Transeletron venceu duas licitações da Petrobrás na área de monitoramento submarino. Você pode explicar como funciona este projeto?

A Petrobrás estava atrás de uma parceira na área de monitoramento submarino. A Transeletron vai atuar na prestação de serviços de instalação, monitoramento, sensores no fundo do poço e topside.

Quais são os projetos da empresa que o Programa Inova Petro está contemplando?

O projeto ainda é confidencial. A data para a apresentação ainda será divulgada pela Finep. Haverá um workshop para o detalhamento de cada processo, com a divulgação do plano de negócios, que poderá ser ou não aprovada pelo órgão. Queremos crescer ainda mais no mercado e vamos aproveitar ao máximo a oportunidade que o programa está nos oferecendo. Estamos estudando um plano para apoiar este momento.

Por que a Transeletron decidiu apostar no Programa Inova Petro para financiar seus projetos?

Para desenvolver um determinado projeto, todo o processo é muito custoso e arriscado. Além do apoio financeiro, esse tipo de financiamento reduz riscos e ainda fomenta a inovação, injetando uma nova cultura na empresa.

Com a aprovação, quais são as projeções da empresa após o término do programa em 2017? 

Temos a meta de progredir vertiginosamente em relação a produtos oriundos de inovação. Queremos ser referência no ramo, dobrando nosso volume de serviços e produtos.

Nota: Houve um erro de redação, Rhuan era gerente de tecnologia e inovação na época da matéria.