Segundo relatório do mês de Julho da OPEP, o Brasil deve ser o país com maior aumento da produção de petróleo fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo em 2017.
A OPEP aponta esta possibilidade devido ao planejamento da Petrobras de adicionar sete novas plataformas na base de Santos, incluindo três no campo Lula, duas em Búzios, uma no de Lapa e outra no “gigante” campo de Libra. Para eles, isto deve assegurar uma alta de 260 mil barris de petróleo por dia (bpd), o que deve garantir para o Brasil uma média de 3,37 milhões de barris por dia ao final de 2017.

Para 2016, a OPEP manteve a previsão de que a produção média do Brasil deve ficar em 3,10 milhões de barris por dia, um aumento de 40 mil bpd na comparação com o ano anterior. Na América Latina, a produção deve cair 70 mil barris neste ano, para 5,12 milhões de barris diários — contra a queda em 30 mil bpd apontada em junho.
“O Brasil é o único país da região que crescerá neste ano. Por outro lado, a produção da Colômbia cairá 70 mil barris diários, para 960 mil BPD. Igualmente também há previsão de queda na Argentina, Trinidad e Tobago e outros latino-americanos”, diz o documento.
Em relação à demanda, o Brasil também é destaque no relatório. A OPEP projeta que a demanda na América Latina deve melhorar ligeiramente em 2017, comparado com os níveis de 2016, com uma alta de 70 mil barris por dia, a partir de melhores projeções econômicas e margens mais baixas de comparação. O Brasil deve responder por mais de 50% deste crescimento, projeta a OPEP.
Em termos de produto, o óleo diesel e a gasolina devem ter os maiores potenciais de crescimento para atender ao setor industrial e de transporte na América Latina.
Para este ano, na América Latina, a demanda deve cair 30 mil barris por dia, pelo segundo ano. Em abril de 2016, diz a OPEP no relatório, a demanda no Brasil caiu mais de 50 mil barris por dia, em comparação com o desempenho do ano anterior, refletindo “o ritmo fraco da atividade econômica do país”.
Fonte: Jornal do Brasil